Gradientes ambientais como estruturadores da diversidade filogenética e funcional de assembleias de pequenos mamíferos na Bacia Amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bernardo, Gabriele Conceição
Orientador(a): Leite, Rafael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12104
http://lattes.cnpq.br/6596163651877590
Resumo: A comunidade de pequenos mamíferos não voadores é composta por marsupiais e roedores de pequeno porte e sua estrutura pode sofrer efeito de fatores ecológicos e históricos. Compilamos inventários de pequenos mamíferos na Bacia Amazônica e traços funcionais das espécies amostradas para avaliar a estrutura filogenética e funcional das assembleias. Também avaliamos se a dispersão funcional e a substituição de espécies nas assembleias respondem às variáveis ambientais. Calculamos a diversidade filogenética e funcional para acessar os padrões de estruturação das assembleias; mensuramos a dispersão funcional para avaliar o efeito do ambiente sobre os traços funcionais; e calculamos a substituição de espécies, decomposta no efeito da composição e relações filogenéticas na substituição, e relacionamos com o ambiente. A estrutura filogenética das assembleias, quando houve, foi mais dispersa que o esperado ao acaso. Houve pouca variação na diversidade funcional, sendo a maioria das assembleias mais dispersas que o esperado ao acaso. A dispersão funcional respondeu à temperatura do quartil mais quente provavelmente devido à relação da temperatura com a performance fisiológica dos animais; e à precipitação do quartil mais úmido, que está associado à disponibilidade de alimentos. A substituição das espécies respondeu às variáveis ambientais soma de bases do solo, temperatura do quartil mais quente e produtividade. O componente composicional da substituição de espécies respondeu a soma de bases do solo, precipitação e distância geográfica, enquanto o componente filogenético respondeu à soma de bases do solo e produtividade. De forma geral os resultados sugerem um peso maior das relações filogenéticas entre as espécies não compartilhadas entre as assembleias, do que entre a composição taxonômica das espécies compartilhadas para a substituição das espécies. A comunidade de pequenos mamíferos não voadores na Amazônia não acontece aleatoriamente e é uma resposta a história evolutiva e de diversificação do grupo, e ao ambiente.