Efeito da densidade de armadilhas e da precipitação na eficiência de gaiolas e pitfalls usados na amostragem de pequenos mamíferos na Amazônia Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pinto, Lorena Costa
Orientador(a): Bobrowiec, Paulo Estéfano Dineli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11936
http://lattes.cnpq.br/7747150339474157
Resumo: A amostragem de pequenos mamíferos não voadores usa gaiolas (Sherman e Tomahawk) e armadilhas de queda (pitfalls). Essas armadilhas capturam diferentes espécies e podem ter sua eficiência influenciada por fatores climáticos, número e disposição das armadilhas, isca e duração da coleta. Nós compilamos amostragens de pequenos mamíferos em 31 sítios de florestas de terra firme na Amazônia para avaliar qual dos três tipos de armadilhas foi mais eficiente na coleta de roedores e marsupiais. Também avaliamos como precipitação no mês da coleta e densidade de armadilhas utilizada afetaram a eficiência dessas armadilhas. Os pitfalls foram mais eficientes que as gaiolas, capturando mais indivíduos e espécies, especialmente as de menor porte. A precipitação e a densidade de armadilhas afetaram a eficiência de captura dos três tipos de armadilhas de forma distinta. De modo geral, as gaiolas foram afetadas negativamente pela precipitação, enquanto os pitfalls foram afetados negativamente pela densidade de armadilhas. A disponibilidade de alimento, como frutos e insetos, aumenta na estação chuvosa, diminuindo a atratividade das iscas utilizadas nas gaiolas. Chuvas intensas também podem desarmar as gaiolas, diminuindo sua eficiência. Para os pitfalls, amostragens que utilizaram alta densidade de armadilhas foram as que amostraram uma área menor, diminuindo a probabilidade de encontro da armadilha pelos animais. Menor área amostrada também diminui o número de habitats e espécies a serem amostrados. Para gaiolas, maior número de armadilhas por área favorece maior captura de indivíduos. Concluímos que o tipo de armadilha, sua distribuição no ambiente e a precipitação influenciam a composição de pequenos mamíferos amostrados. Esses fatores devem ser considerados no planejamento das amostragens conduzidas na Amazônia.