Vertebrados atropelados na Amazônia: monitoramento em longo prazo, influência do fluxo de veículos e alternância de hotspots em um trecho da Rodovia BR-174, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Aline
Orientador(a): Cornelius, Cintia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12105
http://lattes.cnpq.br/8075798138220888
Resumo: Neste estudo, apresentamos e analisamos os registros de 21 anos de monitoramento de vertebrados atropelados no trecho de 121 km da rodovia BR-174 que intercepta a Terra Indígena Waimiri Atroari (TIWA). A TIWA é uma área bem conservada com grande diversidade de vertebrados silvestres localizada na Amazônia Central. Para caracterizar a dinâmica dos atropelamentos, identificamos os grupos mais atropelados e para cada grupo, investigamos a influência da precipitação e do fluxo de veículos sobre os atropelamentos, utilizando Modelos Lineares Generalizados Mistos (GLMM). Para identificar escalas e áreas de aglomeração significativa destas ocorrências (hotspots) em oito anos, utilizamos uma estatística K modificada e a estatística Hotspot 2D. De 1997 a 2017, foram registrados 11.635 vertebrados atropelados. Destes, os mamíferos e répteis foram as classes mais representativas, seguidas de aves e anfíbios. Observamos que o fluxo de veículos influencia o número de atropelamentos de todos os taxa, e a pluviosidade apresentou relação significativa apenas para mamíferos, mas de forma negativa. Os hotspots variaram entre as classes e ao longo dos anos, no entanto alguns se repetiram de forma constante ou alternada, característica que acreditamos estar relacionada à flutuação na abundância de indivíduos no entorno ou na disponibilidade de recursos. Deste modo, o fluxo de veículos deve ser incorporado nos estudos que avaliam o atropelamento de fauna, mesmo em rodovias pouco movimentadas e os hotspots devem ser monitorados para os diferentes grupos em médio e longo prazo para que a escolha e posicionamento de medidas mitigatórias abranjam fatores e regiões prioritárias ao longo do tempo.