Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Andréa Coeli Gomes de Lucena
 |
Orientador(a): |
GOMIDES, Samuel Campos
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
|
Departamento: |
Instituto de Ciências e Tecnologias das Águas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1666
|
Resumo: |
A morte por atropelamento em vertebrados constitui um importante impacto em áreas naturais. Apesar disso, dados sobre esse tema no domínio amazônico ainda são escassos, sobretudo dentro de áreas protegidas. Neste estudo, nós analisamos os dados de dois anos de monitoramento de anfíbios, répteis, mamíferos e aves atropelados em cinco tipos de vias de tráfego (rodovia, ferrovia, área urbana, estradas asfaltadas e estradas de terra) em uma unidade de conservação na Amazônia brasileira. Nós testamos quais foram as classes de vertebrados e as guildas alimentares mais atingidas, além da influência da sazonalidade e o padrão espacial dos atropelamentos. Na área estudada foram registrados 2.795 atropelamentos, sendo os anfíbios os mais registrados. A maior parte dos atropelamentos ocorreu durante a estação chuvosa. Corrigindo os dados de atropelamento através do uso dos dados de eficiência do observador e do tempo de permanência de carcaças com base em dados da literatura, concluímos que as taxas de mortalidade podem estar subestimadas em até 40 vezes quando comparadas aos dados brutos. Não houve diferença significativa entre as guildas alimentares quanto às fatalidades e, a pluviometria e temperatura tiveram efeito significativo nos atropelamentos de todas as classes de vertebrados. O padrão espacial de atropelamentos variou entre os tipos de vias de tráfego e a classe dos vertebrados. Os resultados apontam que os anfíbios são os mais impactados por atropelamentos, embora sejam negligenciados em muitos monitoramentos de vias de tráfego. As medidas mitigatórias para esse tipo de impacto devem levar em consideração épocas nas quais ocorre maior número de mortes, uma vez que a pluviometria e a temperatura influenciam esse tipo de acidente, ou seja, os atropelamentos diminuem conforme a temperatura aumenta e a pluviosidade diminui. Da mesma forma, diferentes classes de vertebrados têm padrão de concentração dos impactos diferenciado ao longo das vias de tráfego, o que torna o planejamento mitigatório mais complexo. Portanto, o planejamento para diminuir as mortes de vertebrados por atropelamentos deve levar em consideração a particularidade de cada táxon. |