Efeitos da insularização sobre guildas de aves em ilhas do reservatório da UHE Balbina na Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Marco Aurélio da
Orientador(a): Anciaes, Marina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11860
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4751631P3
Resumo: Uma das modificações ambientais de origem antrópica mais intensas sobre os ecossistemas é a fragmentação de habitats, que é apontada como uma das maiores ameaças à manutenção da biodiversidade. Na Amazônia extensas áreas florestais também são transformadas em paisagens fragmentadas, cujos remanescentes estão isolados por diferentes tipos de ambientes. Embora a formação dos reservatórios de usinas hidroelétricas seja importante fator de fragmentação florestal na Amazônia, poucos são os estudos dedicados ao tema na região. Efeitos deletérios da fragmentação florestal sobre as comunidades de aves em particular foram observados em estudos em florestas equatoriais neotropicais sendo que a matriz aquática circundante aos fragmentos florestais é importante barreira à ocupação de espécies nesses remanescentes. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da fragmentação em função das métricas espaciais locais sobre algumas guildas de aves em 27 ilhas das cerca de 3.500 formadas na represa da Hidroelétrica de Balbina. As ilhas, selecionadas por semelhança na estrutura vegetacional, possuem áreas entre 4.7 a 1815 ha e distintos níveis de isolamento em relação a outras ilhas e às áreas de florestas contínuas nas margens do reservatório. Amostrei 172 pontos pelos métodos de censo auditivo e play back, sendo 142 em ilhas e 30 em áreas de floresta contínua. A área e o isolamento das ilhas foram diretamente relacionados à riqueza de espécies e à abundância de indivíduos da avifauna estudada, sendo que as guildas mais afetadas pela insularização foram as insetívoras e onívoras de solo. Das 55 espécies estudadas 39 puderam ter suas probabilidades de ocupação estimadas para a área de estudo em função das métricas espaciais. Houve menor riqueza e abundância em subconjuntos de ilhas agrupadas por área em comparação às amostras em floresta contínua. Subconjuntos de ilhas em geral apresentaram equivalência em riqueza e abundância a ilhas únicas de tamanhos semelhantes.