Vulnerabilidade mecânica de árvores relacionada a tempestades convectivas na Amazônia Central, Manaus (AM)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4989 http://lattes.cnpq.br/5790046030990301 |
Resumo: | Tempestades convectivas com fortes rajadas de vento são distúrbios naturais e eventos frequentes na porção central e oeste da Amazônia, afetando a estrutura florestal e sua diversidade em nível de paisagem. A estabilidade de diferentes espécies arbóreas da Amazônia, relacionadas à queda por vento ainda não haviam sido avaliadas usando abordagens experimentais diretas, tais como a prática de guinchar árvores manualmente. A estabilidade arbórea tem sido previamente relacionada à distribuição e velocidade do vento, mas pouco ainda se sabe sobre as diferenças de susceptibilidade ao vento causada por diferenças de ambiente e formas de crescimento. Estudo prévio na Amazônia Central reportou mortalidade arbórea induzida pelo vento, principalmente por ruptura do tronco e desenraizamento em áreas de encostas e platôs, com menores taxas de mortalidade em áreas de baixio. Nesse estudo foi investigado o momento crítico de queda (Mcrit) de 60 árvores, entre 19,0 cm e 41,1 cm em diâmetro à altura do peito (DAP), localizadas em diferentes posições topográficas, usando um sistema composto por fitas, cabo de aço, tirfor de mão e célula de carga. Essa abordagem usa o torque como uma medida de falha na árvore, na qual um ponto sem retorno é atingido (ruptura do tronco ou desenraizamento). O tamanho das árvores controlou a variação no Mcrit quantificada para cardeiro (Scleronema mincranthum (Ducke) Ducke), mata-matá (Eschweilera spp.), e uma seleção aleatória de espécies arbóreas. As análises de Mcrit revelaram que a resistência arbórea à falha aumentou com o tamanho das árvores e diferiu entre grupos de espécies estudados, porém não foi detectado efeito da topografia ou modo de falha (ruptura do tronco ou desenraizamento) para os grupos estudados, tanto individualmente ou quando agrupados. Para a seleção aleatória de espécies arbóreas, a variância total explicada aumentou de um R2 de 0,49 com uso apenas do DAP, para 0,68 quando tanto o DAP e a média ponderada para a densidade do tronco (Dtronco) foram incluídos em um modelo de regressão múltipla. Dentro do grupo escolhido de forma aleatória, para as espécies que apresentam grã do tipo revessa, menores valores no Mcrit foram reportados quando comparadas a árvores de tamanho similar que apresentem as fibras em outra direção. A esbelteza (relação entre a altura total/DAP, ambas em m) teve influência no Mcrit para os diferentes grupos, de maneira geral valores inferiores a 80 apresentam maior resistência. Dependendo da variável utilizada (DAP ou biomassa acima do solo (BA)), para árvores de similar tamanho, um grupo é simplesmente mais resistente que os demais. Esta abordagem mecânica permite a comparação da vulnerabilidade arbórea, induzida por danos relacionados ao vento entre ecossistemas, facilitando o uso de informações estruturais das florestas em modelagem de ecossistemas. Os resultados indicam, que a vulnerabilidade de árvores a mortalidade induzida por vento, nas diferentes posições topográficas, são provavelmente devido às diferenças em elevação relacionadas a velocidades do vento e a exposição das copas das árvores e não por diferenças de propriedades do solo relacionadas com a topografia. |