Distribuição e intensidade de derrubadas de floresta causadas por vento na Amazônia em janeiro de 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Araujo, Raquel Fernandes de
Orientador(a): Nelson, Bruce Walker
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5129
http://lattes.cnpq.br/2890034429403066
Resumo: Um grande número de distúrbios causados por vento (blowdowns) ocorreu na Amazônia em janeiro de 2005, quando uma linha de instabilidade sentido sudoeste-nordeste percorreu 4,6 milhões de km2 de floresta. O presente trabalho descreve a distribuição espacial de dano florestal e a mortalidade de árvores causadas por esse evento, considerando distúrbios maiores que ~3 ha. Em imagens Landsat, blowdowns associados com a linha de instabilidade de janeiro de 2005 exibiram uma geometria distinta. Eles podem ser difusos ou ter lineamentos no sentido sudoeste-nordeste. Trinta amostras de ~15.000 km2 de floresta contínua foram alocadas ao longo da região de passagem da linha de instabilidade. Essas foram inspecionadas visualmente em uma escala de 1:80.000 em composições coloridas RGB 543 de imagens Landsat TM da estação seca de 2005. Todos os blowdowns com idades menores que ~1 ano e tamanho maior que 3 ha foram reconhecidos pelo padrão espectral e geometria. Depois de realizado um modelo linear de mistura espectral usando o software CLASlite, os pixels de dano foram classificados como blowdowns por meio de um limiar de fração de vegetação pura (PV) menor ou igual a 85%. Os pixels de dano foram somados para cada amostra de ~15 mil km2. A porcentagem de floresta danificada e atribuída à linha de instabilidade de janeiro de 2005 foi então interpolada entre os centróides das 30 amostras. A mortalidade foi estimada para a área de estudo com base em dados de campo. Também com verificação em campo, foi possível observar que os blowdowns atribuídos nas imagens como difusos foram causados pela linha de instabilidade de janeiro de 2005. O dano atribuído a essa linha de instabilidade esteve concentrado na região da Amazônia Central. No entanto, esse contribuiu com mais da metade da área afetada nas 30 amostras analisadas para a Amazônia naquele ano. O número de árvores mortas para a área de floresta por onde passou a linha de instabilidade foi de ~11 milhões. A maior mortalidade ocorreu na cena de Manaus, com ~440 mil árvores mortas. Se a cena de Manaus fosse tirada da amostragem, haveria uma grande diferença na estimativa total de dano.