Composição florística e distribuição de epífitas angiospermas na região do rio Urucu, Coari-AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Irume, Mariana Victória
Orientador(a): Morais, Maria de Lourdes da Costa Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12723
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4745282P6
Resumo: O estudo foi realizado em 1,5 ha em uma floresta de terra firme em duas áreas amostrais na Base Operacional Geólogo Pedro de Moura (BOGPM) no município de Coari-AM. O objetivo deste estudo foi de caracterizar a composição e a diversidade florística da comunidade epifítica e de suas árvores hospedeiras, a fim de determinar o arranjo fitossociológico das espécies e verificar a similaridade florística entre as áreas amostrais. Para a coleta de dados foi utilizado o método de parcelas onde foram amostrados ambientes de platô, vertente e baixio. Todas as epífitas angiospermas que estavam sobre as árvores com DAP ≥ 10 cm foram amostradas. Foram registrados 3528 indivíduos epifíticos distribuídos em 13 famílias, 48 gêneros e 164 espécies. As epífitas ocorreram sobre 727 indivíduos forofíticos, distribuídos em 40 famílias, 123 gêneros e 324 espécies. O grupo das monocotiledôneas foi o mais representativo (68,90%), enquanto as hemiepífitas foram à forma de vida predominante (57,31%). Araceae foi à família com a maior riqueza de espécies, seguida por Melastomataceae, Orchidaceae e Bromeliaceae. As famílias mais abundantes foram Araceae, Bromeliaceae e Cyclanthaceae. Enquanto que os gêneros mais diversificados foram Philodendron Clusia, Heteropsis e Miconia. As espécies epifíticas mais abundantes foram Guzmania lingulata (Bromeliaceae) e Philodendron linnaei (Araceae), representando juntas 53,20% dos indivíduos. Na comunidade forofítica as famílias mais diversas foram Fabaceae, Sapotaceae e Chrysobalanaceae, enquanto que a mais abundante foi Lecythidaceae. Os gêneros forofíticos mais ricos foram Pouteria, Licania e Eschweilera. As espécies mais abundantes foram Eschweilera wachenheimii (Lecythidaceae), Licania micrantha (Chrysobalanaceae) e Oenocarpus bataua (Arecaceae). Um indivíduo de Guarea convergens (Meliaceae), foi o que hospedou a maior riqueza de espécies e abundância de epífita com altura total de 36 m e 45,3 cm de diâmetro. A área da JAZ foi a que apresentou a maior riqueza (78,04%) e abundância epifítica (72,53%), bem como, forofítica (74,07% e 61,89% respectivamente). Entre os três ambientes estudados, os baixios foram os mais favoráveis ao epifitismo, onde 84,14% das espécies e 48,24% dos indivíduos estiveram presentes, como também registrada a maior riqueza e abundância de forófitos (52,16% e 39,75% respectivamente). Na análise fitossociológica da comunidade epifítica, através do índice de Valor de Importância Familiar (VIF), Araceae se destacou em todos os parâmetros relacionados. Esta foi seguida por Bromeliaceae, Cyclanthaceae e Orchidaceae. Enquanto que, as famílias forofíticas que mais de destacaram quanto ao VIF foram: Sapotaceae, Lecythidaceae e Fabaceae. Na estimativa do Índice de Valor de Importância das Espécies epifíticas (VIe), dentre as 15 espécies que apresentaram o maior VIe, 11 pertencem à Araceae. No cálculo deste índice, G. lingulata e P. linnaei superaram as outras espécies significativamente em todos os parâmetros envolvidos, que juntas, perfazem 27,75% do total. No cálculo do Valor de Importância das Espécies forofíticas (VI), se destacaram E. wachenheimii, L. micrantha e E. tessmanii. A diversidade máxima estimada pelo índice de Shannon foi registrada nos ambientes de baixio, onde para as epífitas o índice foi H = 3,40, enquanto que, para os forófitos foi H = 4,47. A similaridade florística estimada pelo coeficiente de Morisita entre as áreas amostrais foi baixa para ambas as comunidades epifítica e forofítica. No entanto, para as epífitas, a similaridade entre os ambientes foi alta, sendo os platôs e as vertentes semelhantes, enquanto que os baixios se diferenciaram floristicamente destes.