O reconhecimento de espécies arbóreas em campo por meio da casca com o uso da espectroscopia no visível e infravermelho próximo na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hadlich, Hilana Louise
Orientador(a): Santos, Joaquim dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5168
http://lattes.cnpq.br/2228944258807319
Resumo: O reconhecimento da identidade de plantas arbóreas é um processo subjetivo que apresenta muitas dificuldades, principalmente em um ambiente altamente diverso como a Amazônia. Os problemas causados por uma identificação errônea afetam desde os inventários botânicos até a fiscalização e comercialização da madeira como o produto final. Estudos prévios demonstraram que a espectroscopia no infravermelho próximo é eficaz para a discriminação de espécies arbóreas tanto utilizando a folha como a madeira. Porém estes estudos foram realizados em laboratório e com material seco, necessitando apurar métodos em condições de campo. Para aperfeiçoar o sistema de inventário florestal na Amazônia e auxiliar no reconhecimento de espécies para o manejo faz-se necessário a combinação de equipamentos portáteis e uma biblioteca espectral. Para tanto, este estudo teve como objetivo testar a técnica da espectroscopia no visível e infravermelho próximo em campo no tronco das árvores, para reconhecer as espécies por meio de espectros dos tecidos da casca (ritidoma e floema). A coleta espectral foi realizada em 11 espécies da Amazônia com o espectrômetro de campo ASD abrangendo a região do visível ao infravermelho próximo. Esta técnica mostrou-se muito eficiente pois conseguiu um nível de acerto de 98 % de reconhecimento das espécies utilizando a casca interna (floema) e 94 % de acerto para a casca externa (ritidoma) com a média dos espectros. Como é uma técnica de campo, foi testado também se a umidade ambiental na casca influencia no reconhecimento das espécies. Sendo utilizado dados coletados de quatro espécies em dois períodos distintos e modelos discriminantes, a função que utilizou os dados de ambos períodos com a casca interna foi a que melhor predisse as espécies (97 %). Isto quer dizer, que podemos coletar espectros das árvores em qualquer época do ano sem influenciar significativamente no reconhecimento. Esta tecnologia obteve sucesso em campo, podendo ser utilizada para dar mais confiabilidade no processo de identificação dos inventários ajudando a conservação da biodiversidade