Análise do ciclo biológico do Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) exposto a cenários de mudanças climáticas previstas pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12485 http://lattes.cnpq.br/1579394722201053 |
Resumo: | O Aedes aegyptié considerado o principal vetor do vírus da Dengue, Febre amarela urbana e da Febre Chikungunya. São insetos suscetíveis à variação de fatores ambientaiscomo, quantidade de chuva e temperatura. Responsáveis porregular o tamanho populacional e aspectos da biologia do mosquito, como o crescimento larval, tempo de desenvolvimento, tamanho corporal,longevidade, fecundidade e alimentação sanguínea. O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) prevê um aumento de 2° a 4° C na temperatura média global, durante o próximo século. Essas alterações climaticas poderão resultar em mudanças significativas nas paisagens e nos padrões ecológicos das doenças infecciosas, e interferir diretamente no desenvolvimento e comportamento do A. aegypti. Neste trabalho foram avaliados diferentes aspectos da biologia do vetor como, ingestão de sague, fecundidade, oviposição e eclosão de ovos e longevidade, sobre cenários de mudanças climáticas, previstas para o ano de 2100, cenários intermediários e extremos.Dentre as variáveis preditas para sofrem alterações devido a mudanças do clima, a temperatura é principal responsável por alterar a biologia e o comportamento do vetor. As concentrações de CO2, mesmo três vezes maior que a concentração atual, não influenciou significativamente os resultados obtidos neste estudo.A quantidade de sangue ingerida por fêmeas criadas em temperatura mais elevada foi maior quando comparadas com as fêmeas que viviam em temperaturas menores, a longevidade é menor em temperaturas superiores a 32°C, vivendo aproximadamente 40 dias e não houve diferença de longevidade entre os sexos. A fecundidade é extremamente afetada pela temperatura, sendo reduzida pela metade em temperaturas maiores. A oviposição é prejudicada em temperaturas superiores a 32°C, porém esse efeito não foi observado na eclosão.Modelos matemáticos projetam um aumento no número de casos de dengue, além de uma expansão geográfica na distribuição do vetor. No entanto, nossos dados indicam que, em cenários futuros de mudanças climáticas, alguns aspectos da biologia do A. aegypti serão afetados. Com as informações acima mencionadas, foi possível conhecer melhor a biologia do vetor e levando também em consideração as mudanças climáticas, servindo como base para outros estudos. |