Efeitos do gradiente de TSM zonal entre as bacias do Pacífico e Atlântico no norte da América do Sul durante eventos ENOS
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12600 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4220054U3 |
Resumo: | Os impactos de eventos anômalos no oceano Pacífico, associados ao El Niño/Oscilação Sul (ENOS) na precipitação da Amazônia foram avaliados a partir de análises observacionais e simulações numéricas. Os eventos ENOS que se desenvolvem após uma condição anômala de sinal oposto na Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Atlântico Equatorial (gradiente interbacias do Pacífico e Atlântico), e aqueles eventos que se desenvolvem durante condições de normalidade no Atlântico Tropical (AT) foram considerados separadamente. Os resultados observacionais sugerem que o ENOS afeta o regime de precipitação na região norte da América do Sul de forma diferenciada, dependendo da pré-condição do Atlântico Equatorial. Durante Dezembro a Fevereiro (DJF) para eventos que se desenvolvem após uma condição anômala no AT observa-se uma intensificação das anomalias de precipitação, principalmente, nas partes nordeste e central leste da Amazônia, enquanto que para eventos ENOS sob condições de normalidade no AT, as anomalias são mais significativas nas regiões norte e oeste da bacia. Sendo assim, durante DJF, fase madura do evento ENOS, a parte central leste e nordeste da América do Sul parece sofrer um efeito combinado das anomalias do Pacífico e Atlântico, enquanto que a variabilidade de precipitação sobre as regiões norte e oeste da bacia está relacionada somente às variações de TSM que ocorrem no Pacífico. Por outro lado, para os trimestres de Março a Maio (MAM) e Junho a Agosto (JJA), ambos Pacífico e Atlântico parecem modular a variabilidade de precipitação. Consistentemente, com a análise observacional, os resultados das simulações indicam um fortalecimento das anomalias de precipitação mediante a configuração do gradiente interbacias na fase inicial de desenvolvimento desses eventos, associado ao fortalecimento das células de Walker e Hadley anômalas. Isso está possivelmente, associado ao estabelecimento do gradiente interbacias, na fase madura dos eventos anômalos no Pacífico, e ao gradiente interhemisférico observado no AT. Os padrões anômalos de circulação horizontal responsáveis por parte do transporte de umidade para a região norte da América do Sul também foram analisados. As análises dos campos de ventos em baixos e altos níveis indicam que houve diferenças nas circulações tropicais-extratopicais associadas às mudanças no comportamento anômalo das TSM nas regiões do Pacífico e Atlântico, que afetam o transporte de umidade sobre o continente e modulam a intensidade das chuvas por toda região de estudo. Consistente com resultados anteriores, esses resultados mostram que, não necessariamente, todos os El Niños produzem impactos canônicos, devido à atuação conjunta do Pacífico equatorial e AT na modulação das células de circulações regionais. Esses resultados indicam a importância de se conhecer a pré-condição do AT durante o desenvolvimento de eventos de ENOS, com a finalidade de melhorar a previsibilidade climática na região norte da AS. |