Efeitos do desmatamento e da densidade populacional humana na abundância e diversidade de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em um assentamento rural na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12410 http://lattes.cnpq.br/0930256164594165 |
Resumo: | Os flebotomíneos são vetores de diversos parasitos, incluindo flagelados que causam leishmanioses em regiões tropicais e subtropicais. São encontrados principalmente em florestas, porém, o impacto causado pelo desmatamento e a subsequente colonização dessas áreas, tem induzido a adaptação de algumas espécies a ambientes antropizados. Sob esta premissa, foi realizado um estudo da fauna de flebotomíneos no Assentamento Rural de Rio Pardo, no município de Presidente Figueiredo, Amazonas, para identificar as associações entre mudanças ambientais antrópicas na fauna de flebotomíneos. Foram observadas a abundância e diversidade de flebotomíneos em quatro categorias com diferentes graus de desmatamento e densidade populacional humana: G1. Alta densidade populacional humana e baixa cobertura florestal; G2. Baixa densidade populacional humana e baixa cobertura florestal; G3. Alta densidade populacional humana e alta cobertura florestal; G4. Baixa densidade populacional humana e alta cobertura florestal. Em cada categoria foram realizadas seis coletas nos ambientes de peridomicilio, floresta, borda de floresta, pomar e capoeira através de armadilhas luminosas do tipo CDC do período de 18:00 às 6:00 nos meses de junho, julho e agosto de 2009 e setembro, outubro e novembro de 2010. Foram capturados 3.073 indivíduos, sendo 1.163 fêmeas (37,8%) e 1.910 machos (62,2%) distribuídos em 13 gêneros e 53 espécies. Os gêneros mais abundantes foram Nyssomyia e Psychodopygus. Dentre as espécies capturadas, cinco são incriminadas como vetoras de Leishmania: Nyssomyia antunesi (1.025 indivíduos), Nyssomyia umbratilis (448), Trichophoromyia ubiquitalis (164), Psychodopygus amazonensis (82) e Bichromomyia flaviscutellata (76), todas encontradas principalmente nos ambientes de floresta e peridomicílio. A maior abundância de indivíduos foi observada nas categorias G3 e G1 ambas com uma alta densidade populacional humana, porém, essa diferença não foi estatisticamente relevante em relação as outras categorias; Foi encontrado uma maior diversidade de espécies nas categorias G3 e G2. Entre os ambientes estudados, a maior abundância de flebotomíneos foi observada no peridomicílio e floresta Os resultados indicam que os diferentes graus de desmatamento e densidade populacional humana afetam de maneira semelhante as populações de flebotomíneos, ou seja, mesmo em locais com elevado desmatamento e densidade populacional humana, a fauna de flebotomíneos pode ser diversificada e abundante. |