Efeito do praziquantel sobre as variáveis sangüíneas de Colossoma macropomum Curvier, 1818 (Characidae: Serrasalminae) e sua eficiência como anti-helmíntico no controle de parasitas monogenóides (Plathyhelminthes: Monogenoidea)
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11351 http://lattes.cnpq.br/5589512332249547 |
Resumo: | Visando contribuir com os estudos sobre o uso de quimioterápicos na aqüicultura, principalmente em espécies nativas como o tambaqui Colossoma macropomum, o presente estudo teve como objetivo avaliar o anti-helmíntico praziquantel quanto aos seus possíveis efeitos tóxicos sobre tambaquis, utilizando como indicador as análises hematológicas (Capítulo 1); além de avaliar a eficiência deste fármaco no controle de parasitas monogenóides (Capítulo 2). No Capítulo 1, foram testadas, na forma de banhos, as concentrações de 3,12; 6,25; 12,5; 25 e 50 mg de praziquantel/L nos tempos de 0,5; 1 e 24 horas de exposição. Dos parâmetros sanguíneos avaliados, a concentração de hemoglobina e a hemoglobina corpuscular média apresentaram uma diminuição nos peixes mantidos por 24 h e uma hiperglicemia naqueles expostos às maiores concentrações de praziquantel (25 e 50 mg/L) em todos os tempos de exposição. Os resultados sugerem que o praziquantel nas concentrações de 25 e 50 mg/L, independente do tempo de exposição, alteram a homeostase fisiológica dos tambaquis, podendo causar até a morte dos animais. Além disso, esse estudo corrobora com a hipótese de que a respiração na superfície aquática (RSA), com formação de lábios em tambaqui, pode ser estimulada pela diminuição de oxigênio tecidual (hipoxemia), independente do oxigênio na água. No Capítulo 2, foram testadas 5 concentrações de praziquantel: 0; 6,25; 12,5; 25 e 35 mg/L em banhos de longa duração (24 h) e avaliados os parâmetros sanguíneos e a carga parasitária dos peixes. Na maioria dos tratamentos, a eficácia esteve abaixo de 60%, com exceção do tratamento com 12,5 mg/L que obteve 61,8% de eficácia. Os resultados indicaram que as menores concentrações de praziquantel foram as mais eficientes na redução da carga parasitária e as altas concentrações do fármaco induziram nos peixes alterações leucocitárias compatíveis com estresse como linfopenia, monocitose, neutrofilia, e hiperglicemia. |