Padrão de atividade e fatores que afetam a amostragem de mamíferos de médio e grande porte na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11939 http://lattes.cnpq.br/5804959680157104 |
Resumo: | Amostrar e monitorar animais elusivos, com densidades naturalmente baixas e grandes áreas de vida, como muitas espécies de mamíferos de médio e grande porte, é geralmente complexo. A distribuição e ecologia de muitas espécies amazônicas de mamíferos de médio e grande porte são pouco conhecidas. Além disto, baixas taxas de captura podem inviabilizar análises detalhadas. A carência dessas informações leva a ações de conservação e manejo pouco efetivas. Foram executadas duas campanhas de armadilhamento fotográfico durante duas estações de seca consecutivas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, Amazônia Central. O esforço de campo total foi de 4894 armadilhas fotográficas*dia. A grade de amostragem consistiu de 64 estações de armadilhas fotográficas, com ou sem isca. Neste estudo foram registradas 22 espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte, dos quais 11 estão categorizadas como ameaçadas ou deficientes de dados no Brasil ou globalmente. O padrão de atividade da maioria das 15 espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte analisadas é concordante com os relatos de história natural na literatura. Foram encontradas relações fracas entre os padrões de atividades dos predadores e suas potenciais presas e não há evidencias de segregação temporal entre os grandes carnívoros. O cachorro-vinagre Speothos venaticus foi uma das espécies registradas por armadilhas fotográficas na Reserva Amanã. Apesar de sua distribuição cobrir toda a bacia Amazônica, a ocorrência do cachorro-vinagre em vastas áreas da Amazônia permanece hipotética. Os registros de cachorro-vinagre apresentados neste trabalho diminuem uma grande lacuna na distribuição conhecida da espécie na Amazônia Central e inclui o primeiro registro da espécie em florestas sazonalmente alagas por água preta (Igapó). Também foi testada a eficiência do uso de trilhas e isca em aumentar a taxa de captura de espécies terrestres de mamíferos de médio e grande porte em amostragens com armadilhas fotográficas. Adicionalmente, foi testado se a qualidade dos registros fotográficos de animais com marcas naturais são melhores em armadilhas fotográficas com isca. Contrariamente ao recomendado na literatura, tanto as trilhas como as iscas não aumentaram o número de registros de carnívoros, e reduziram o número de registro de espécies não carnívoras. Entretanto, a qualidade das fotos para identificação individual de espécies com marcas naturais é melhor em armadilhas fotográficas com isca. Conclui-se que o uso de trilha e isca deve ser avaliado com cuidado durante o planejamento de qualquer estudo, uma vez que eles podem influenciar as taxas de detecção das espécies de interesse. |