Espécies mais frequentes de formigas (Hymenotera - Formicidae) como indicadoras da composição de espécies no tempo em uma floresta ombrófila densa na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12527 http://lattes.cnpq.br/5341330012988324 |
Resumo: | O pouco conhecimento sobre os ecossistemas e a constante degradação relacionada principalmente à ação antrópica dificultam a coleta de dados por pesquisadores em tempo hábil, como consequência muitos organismos podem desaparecer antes mesmo de serem descritos. Como forma de agilizar um levantamento e um manejo dessas áreas, uma alternativa seria se concentrar em um número menor, táxons substitutos, que são capazes de fornecer respostas satisfatórias dentro de um curto espaço de tempo e conhecer de que forma essas espécies estão distribuídas naquele meio. Um grupo que pode auxiliar nessa questão são as formigas, que representam uma grande proporção da biomassa animal e possuem um papel expressivo nas redes tróficas das quais participam. O estudo foi realizado em um sistema de trilhas de 25 km2 na Reserva Ducke, as formigas foram coletadas através de armadilhas de queda (pitfall), nos anos de 2006 e 2012, identificadas em nível de espécie através de chaves específicas. Para investigar como a exclusão de espécies raras/pouco frequentes afeta o poder de predição das assembleias reduzidas em relação à assembleia total, inicialmente foi realizada uma análise de dissimilaridade, seguida de uma análise de coordenadas principais (PCoA) e depois as matrizes foram comparadas com o teste de Procrustes. Também foi avaliado se as matrizes com número de espécies reduzidas e aquelas com o total de espécies tiveram respostas semelhantes frente às variáveis ambientais. E foi utilizada a análise de variância multivariada (MANOVA) para estimar o quanto da variação nos dados de resposta (matrizes com número de espécies reduzidas e espécies totais) é explicado em conjunto pelas variáveis ambientais mencionadas acima. As correlações de Procrustes para os anos de 2006 e 2012 indicaram que os conjuntos de dados reduzidos foram capazes de predizer o padrão de ordenação observada com a matriz original. A MANOVA indicou que a assembleia de formigas de solo está relacionada com as variáveis teor de argila, inclinação do terreno e volume de serapilheira, este resultado se mantém mesmo com a remoção das espécies menos frequentes independente do ano. Apesar da redução na matriz original e considerando os valores obtidos para as espécies mais frequentes, ainda foi possível observar uma composição similar a assembleia total coletada e as relações com as variáveis ambientais tiveram resultados comparáveis ao número máximo de espécie. O presente estudou tratou pela primeira vez da possibilidade do uso de espécies frequentes de formigas como táxons substitutos para assembleia de espécies, na Amazônia. Essa 8ferramenta auxilia em futuros trabalhos a redução de tempo, e custos de triagem e identificação de material coletado, além de potencializar gestão de áreas. |