Dinâmica e potencial de créditos de carbono na floresta manejada da flona do Tapajós, estado do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Aguiar, Diego Ribeiro de
Orientador(a): Santos, Joaquim Dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4988
http://lattes.cnpq.br/9241060544837430
Resumo: Estudos de biomassa em florestas tropicais têm sido utilizados para avaliação ecológica da vegetação e atualmente tem um papel muito importante no processo de assimilação do carbono atmosférico, principalmente devido a mudança no uso da terra na Amazônia. Assim, é necessário saber a quantidade de carbono absorvido na floresta após a exploração florestal. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo estudar o efeito do manejo florestal na dinâmica da vegetação e estimar o potencial de créditos de carbono das espécies arbóreas após a exploração na Floresta Nacional do Tapajós (FNT). A pesquisa foi realizada na FNT, ao longo da rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163), localizada no estado do Pará, na porção central da floresta amazônica. Para a análise da vegetação foi empregada amostragem em conglomerados alocados aleatoriamente em 37 unidades amostrais com 4 subunidades (parcelas) de 5 m x 50 m, representando uma área amostral de 3,7 ha. Em cada subunidade de conglomerado, antes e após a exploração, foram mensurados todas as árvores com diâmetro a 1,30 m do solo (DAP) ≥ 5 cm e altura total em metros com o aparelho Truepulse 360. Para o sítio controle foram utilizadas 9 parcelas, medindo 50 m x 50 m, totalizando uma área de 2,25 ha. A análise de variância (ANOVA) para o incremento de carbono obteve diferença para as áreas de estudos (F=707,6; p=1,86E-07) e foi significativa de acordo com o teste Tukey (p=3E-07). Em uma análise temporal da área de manejo, o estoque de carbono foi restabelecido após sete anos da atividade florestal, algo que evidencia o serviço ambiental superior (incremento anual 2,13±0,10 MgC.ha -1 ) ao de uma floresta sem intervenção madeireira (incremento 0,85 MgC.ha -1 ). Na análise do potencial de créditos de carbono, o cenário com manejo e queimada, a floresta teve uma perda de 46,73 MgCO 2 eq.ha -1 no manejo e após 5 anos recuperou 31,99 MgCO 2 eq.ha -1 do estoque perdido durante a atividade. Com a queimada, emitiu 156,01 MgCO 2 eq.ha -1 . Quando realizada a projeção de crescimento no segundo cenário, a floresta recuperou o estoque em sete anos e ao longo do ciclo de corte, poderia estocar 218,65 MgCO 2 eq.ha -1 . Isso demonstra resiliência da vegetação diante do sistema de manejo, o que pode ser o diferencial para agregar maior valor a floresta Amazônica, considerando o serviço ambiental carbono.