Avaliação dos efeitos físicos no solo após exploração florestal em grande escala na Amazonia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Armond, Daniel de
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5159
http://lattes.cnpq.br/7154881334786063
Resumo: Na floresta tropical amazônica, poucos estudos sobre compactação do solo causado por exploração madeireira foram realizados. Com este intuito, o estudou avaliou o impacto no solo provocados por operações de extração legal de toras no estado do Amazonas, Brasil. A empresa baseia a etapa de extração com as operações subsequentes de guinchamento e arraste (sistema de colheita Celos). Os dados sobre o impacto no solo foram coletados por amostragem sistemática nas trilhas de arraste durante o tráfego de máquinas e nas áreas controles (sem movimentação de maquinas) localizadas a 10 m das margens das trilhas. Os dados foram coletados em n úmero fixo de passagens, sendo na 1a, 2a, 3a e 5a e acima de 10 passagens . O solo local classificou-se como Latossolo Amarela distrófico. A avaliação do impacto baseou-se nos parâmetros físicos de densidade (Ds) e resistência à penetração (RP) do solo até 20 cm de profundidade. Amostras de solo para Ds foram coletadas com anel volumétrico de 100 cm 3 e a para RP utilizando o penetrômetro de impacto Stolf, com um ângulo de cone de 30°. Foram observadas diferenças significativas nas médias das propriedades físicas do solo (Ds e RP) entre o controle e as áreas de guinchamento apenas nas profundidades de 0 a 5 cm (p<0,05), mas o impacto não limita o crescimento das raízes. A construção de trilhas de arraste apresentou diferenças significativas (p<0,05) em relação ao controle após a primeira passagem sob a marca do trator de esteiras, impactando o solo até 20 cm de profundidade nas marcas das esteiras. Entre as marcas das esteiras, observou-se diferença de Ds e RP (p<0,05) na camada superficial de 0-5 cm, gerando impacto comprometedor para o crescimento radicular. Na avaliação do tráfego de máquinas, o maior aumento na compactação ocorreu sob as esteiras do trator D6M após a primeira passagem. Os valores críticos para limitação do crescimento radicular não ocorreram entre as marcas até a segunda passagem do skidder 525B. Após a terceira passagem, o tráfego de máquinas elevou a RP. Concluiu-se no presente estudo que o impacto principal de compactação do sistema Celos foi observado sob as marcas de rodas logo na primeira passagem, mas, de maneira geral, não inibe o crescimento radicular nas trilhas de arraste.