Padrões da área do xilema ativo em espécies florestais amazônicas na região de Manaus (Am)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Aparecido, Luiza Maria Teóphilo
Orientador(a): Santos, Joaquim dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5022
http://lattes.cnpq.br/7122552644320438
Resumo: Processos hidrológicos em povoamentos florestais são influenciados, principalmente, pelas espécies vegetais ocorrentes e suas características fisiológicas. Padrões de uso de água distintos de determinadas espécies podem levar a uma limitação de práticas de manejo florestal. A maioria dos estudos realizados em florestas tropicais sobre padrões hidráulicos das plantas foram conduzidos fora do Brasil. Com isto, o objetivo desta dissertação foi determinar padrões da área do xilema ativo, por meio de imersões em corante, de espécies florestais próximas à cidade de Manaus- Amazonas. Os dados da área do xilema ativo foram relacionados à ecologia de espécies arbóreas e indivíduos da palmeira açaí (Euterpe precatoria) coletados, à anatomia da madeira, diâmetro a altura do peito (DAP), altura total e volume. Modelos alométricos foram aplicados para a estimativa da área do xilema ativo. Outra seção desta dissertação focou na análise da condutividade hidráulica (Ks) em diferentes alturas de palmeiras açaí e entre diferentes espécies arbóreas. E finalmente, comparar os resultados de ambos os grupos funcionais. Dados foram coletados na estação experimental ZF-2 em uma área de aproximadamente 6 ha situada no km 18 da estrada vicinal. 34 árvores foram escolhidas aleatoriamente. Altura total foi mensurada após a derrubada. Seções das árvores amostradas foram levadas para o laboratório onde foram imersas em uma solução corante de indigo carmine até que a coloração fosse observada na face superior da tora. Assumiu-se que a parte colorida de azul na seção transversal correspondia à área do xilema ativo e com isto foi medida juntamente com o diâmetro do indivíduo. Espécies foram identificadas através dos atributos anatômicos da madeira. Diâmetro, frequência e comprimento de elemento de vaso foram mensurados em um laboratório especializado. Padrões da área condutiva se diferenciaram entre e dentro das espécies, apesar de todas serem de porosidade difusa. O modelo alométrico foi desenvolvido por meio de regressões lineares e não-lineares. O melhor ajuste e relação foi obtido entre área do xilema ativo e DAP com modelo não-linear. O pior ajuste e relação foram obtidos com a variável frequência de vaso, que não apresentou relação ou influência aparente sobre área do xilema ativo. Os ajustes não apresentaram elevados parâmetros estatísticos, mas com exceção de diâmetro e frequência de vaso, todas as correlações foram positivas e conclusivas. Estes baixos parâmetros estatísticos podem ser explicados por determinadas características das espécies, microclima e fatores ecológicos. Ks entre as árvores amostradas foi bastante distinta com valores variando entre 0,09 e 24 kg m-1s MPa-1. Estas diferenças também foram explicadas por meio da autoecologia das espécies e microclima. Dez palmeiras açaí foram coletadas próximas à área de estudo das árvores e foram submetidas ao mesmo processo de coloração e análise anatômica da madeira. As palmeiras apresentaram área do xilema ativo com padrões similares entre e dentro das espécies. Ks foi diferente nas alturas analisadas. Ks na base da copa foi mais elevada do que na base do fuste, devido à alta frequência de vasos presentes na seção transversal e área do xilema ativa reduzida presente nesta altura. As palmeiras também apresentaram uma relação positiva com DAP. Ao comparar árvores com palmeiras, observou-se que árvores e palmeiras compartilham a mesma relação positiva com DAP, porém apresentam diferentes padrões de área condutiva e valores de Ks. Com isto, este estudo mostrou como espécies apresentam características diferentes que podem influenciar transporte de água, mas possuem variáveis em comum que contribuem com o equilibro do ecossistema em que vivem e podem também auxiliar na estimativa de transpiração florestal do povoamento.