Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Denise Valéria Oliveira
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Orientador(a): |
Sousa, Bernardina Santos Araújo de
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Banca de defesa: |
Ribeiro, Anália Keila Rodrigues
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Guimarães, Edilene Rocha
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Pontes, Ana Paula Furtado Soares
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Olinda
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica, (PROFEPT), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
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Departamento: |
Olinda
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/119
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Resumo: |
Apesar das conquistas femininas, no âmbito de sua inserção na academia e no mundo do trabalho, percebe-se uma maior ocupação de mulheres em cursos e postos de trabalho que remetem à extensão de atribuições construídas socialmente como femininas. Esta dissertação gestou-se a partir do esforço investigativo em analisar as relações que envolvem a violência simbólica de gênero contra mulheres, entendidas como práticas sexistas, em um curso de Engenharia Civil. Objetiva-se responder a seguinte questão: quais as reflexões e contribuições reveladas pelas narrativas de mulheres engenheiras e pelo corpus documental, acerca da relação: currículo, gênero e dominação masculina? Utilizou-se uma abordagem qualitativa, em que se realizou pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa narrativa, com dois grupos distintos de mulheres engenheiras, sendo duas estudantes graduandas do curso de Engenharia Civil e duas servidoras de um instituto federal. A construção de dados deu-se a partir de entrevistas narrativas; o tratamento analítico ocorreu à luz da análise de narrativas, tomando como referência as relações de poder e de dominação que marcaram a história de vida dessas mulheres. Obteve-se os seguintes resultados a) as mulheres eram minoria absoluta na formação do curso de Engenharia Civil; b) tiveram que se impor nas suas relações, principalmente, no mundo do trabalho para conseguir demarcação do seu espaço; c) experenciaram situações de desvalorização de suas falas, além de intimidação; d) não referiram sentir violência simbólica de gênero por professores e colegas de turma; e) consideraram o currículo do curso neutro, sem apontar elementos que pudessem reforçar a violência simbólica de gênero e, por fim, f) em todas as narrativas apareceram situações de superação de desafio principalmente, no mundo do trabalho. A partir disso, obteve-se um Produto Educacional, caracterizado como um videodocumentário, revelando as histórias de vida das mulheres engenheiras entrevistadas. O documentário apresenta uma contextualização teórica acerca da violência simbólica de gênero, baseada em Bourdieu (2002) e do currículo, sobre a sua não neutralidade, baseado em Tadeu Silva (2009), sobre a necessidade de discussões sobre as desigualdades de gênero para a construção coletiva de um novo currículo, que contemple feminilidades e masculinidades. |