Uma abordagem imunoistoquímica dos alvos proteicos envolvidos na indução da morte celular apoptótica em hepatócitos na febre amarela humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lopes, Jeferson da Costa
Orientador(a): Quaresma, Juarez Antônio Simões
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6690
Resumo: A febre amarela é uma doença infecciosa, aguda e não contagiosa, que pode evoluir com sintomatologia que vai desde o quadro assintomático até formas hemorrágicas graves. A forma grave da doença caracteriza-se principalmente pelas manifestações de insuficiência hepática como consequência da extensa morte celular por apoptose dos hepatócitos, pois já é bem definido que a morte dessas células infectadas pelo vírus da febre amarela se dá por este mecanismo. Este trabalho buscou identificar e quantificar os alvos proteicos envolvidos na cascata que desencadeia o processo de apoptose em hepatócitos de fígado humano infectado pelo vírus da febre amarela utilizando o método imunoistoquímico de estreptadivina-biotina peroxidase. Além disso, foram avaliados os padrões das alterações histopatológicas nas amostras de fígados coradas pelo método de hematoxilina-eosina. Na análise histológica das amostras, foram observadas nos ácinos hepático de Rappaport alterações morfológicas que são comuns em casos fatais de febre amarela humana. Corpúsculo de Councilman-Rocha Lima, esteatose e tumefação celular foram as principais alterações hepáticas observadas e estavam presentes em todas as três áreas dos lóbulos com maior frequência e intensidade na zona 2 (Z2) ou região médio-zonal. A resposta inflamatória no trato portal e na região acinar foi caracterizada por infiltrados de linfócitos, neutrófilos e plasmócitos, com nítida maior intensidade na região Z2. A análise imunoistoquímica revelou positividade para os alvos proteicos da caspase -3, caspase -8, BAX, Fas, FasL, granzima B e survivina em todas as regiões dos lóbulos, de modo que todas as imunomarcações foram mais intensas nos hepatócitos da região Z2. O BAX foi o imunomarcador com maior grau de expresssão dentre todos os marcadores. O padrão das alterações histopatológicas do fígado corrobora com estudos anteriores afirmando que a lesão na Z2 é mais intensa quando comparada com as demais zonas do ácino hepático. A observação de corpúsculo de Councilmann-Rocha Lima, descrita de maneira intensa, revela o grau predominante de apoptose dos hepatócitos. Provavelmente, os mecanismos inerentes a essa lesão acontecem pelo ataque da mitocôndria tanto pela via intrínseca quanto pela via extrínseca, logo esta é a principal via de apoptose em hepatócidos de fígado humano infectado pelo vírus da febre amarela.