Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lemos, Lanna Xantipa de Oliveira |
Orientador(a): |
Matos, Haroldo José de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4415
|
Resumo: |
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica que pode acometer pessoas de qualquer idade e ambos os sexos, porém quando esta acomete crianças e jovens menores de 15 anos é preocupante por sinalizar precocidade de exposição e focos ativos da doença, bem como uma deficiência do sistema de vigilância local. Assim, pretendeu-se com este trabalho analisar o perfil epidemiológico da hanseníase em menores de 15 anos no município de Belém – PA através de um estudo epidemiológico, do tipo ecológico com uma amostra de 356 casos novos contidos no bando de dados do SINAN na série histórica de 2005 a 2014. Foram utilizados os programas Epiinfo™ versão 7.2 e R Commander para análise estatística dos dados, bem como o software Google Earth Pro para o georreferenciamento dos casos. Verificou-se que a grande maioria dos casos concentra-se na faixa etária dos 10 a 14 anos (64,89%) com a forma tuberculóide predominante (37,92%) e grau de incapacidade 0 no momento do diagnóstico (77,81). Entretanto, chama atenção o quantitativo de casos identificados com grau I ou II (10,11%). Como potenciais fatores de risco para incapacidade física identificou- se a idade (p=0,021) e a forma clínica dimorfa (p=0,009). Quanto ao georreferenciamento dos casos, detectou-se importantes áreas de clusters (Guamá, Jurunas, Tapanã, Terra Firme e Benguí), bem como bairros com alta taxa de detecção (Bonfim, Praia Grande, Val-de-Cães, Fátima, Guanabara e Carnanduba), além de se apontar a distribuição espacial dos casos identificados com grau de incapacidade I ou II. Frente a esta análise, conclui-se o quanto a hanseníase em menores de 15 anos ainda se constitui um importante problema de saúde pública no município de Belém, evidenciada pelo contágio cedo e falta de vigilância destes casos. Ademais, se constata que 80% destas crianças são detectadas com formas polarizadas e ainda algum grau de incapacidade, necessitando fortalecer suas políticas públicas de saúde bem como o sistema de vigilância, principalmente no que diz respeito a uma maior abrangência e qualidade dos serviços de saúde, com capacitação da equipe, diagnóstico precoce, busca ativa, além de uma melhor alocação de recursos para áreas com maior risco de transmissão. |