Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinho, Raimundo Adalberto Pacheco de |
Orientador(a): |
Sousa, Rita Catarina Medeiros |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3113
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Resumo: |
INTRODUÇÃO Os vírus Influenza pertencem à família Orthomyxoviridae e subdividem-se em três gêneros: Influenzavirus A, Influenzavirus B e Influenzavirus C. Atualmente a atenção dos órgãos responsáveis pela vigilância em saúde, quando se trata de Influenza, é destinada exclusivamente aos vírus Influenza dos gêneros A e B, pela maior gravidade dos seus sintomas e suas características epidemiológicas. Contudo, estudos mais recentes têm revelado a importância das infecções causadas pelos Vírus influenza C. A epidemiologia do gênero Influenzavirus C, até então associada a quadros brandos e assintomáticos de infecção respiratória, carece de dados que elucidem sua sintomatologia e sazonalidade. Diferente dos Vírus influenza A e B, a detecção deste agente infeccioso não está incluída na rotina de diagnóstico dos laboratórios de saúde pública, ocasionando assim, um subdiagnóstico. OBJETIVO Investigar a ocorrência do Vírus influenza C em pacientes com IRA em um segmento populacional e compreender sua sazonalidade na região metropolitana de Belém. MATERIAL E MÉTODOS Baseado no GenBank, foi construído um fragmento sintético de DNA (gBblock-FluC) do gene M do Vírus influenza C. Este fragmento foi clonado utilizando. O cDNA, proveniente da clonagem, foi submetido à reação de transcrição in vitro utilizando o Kit MEGAscript SP6 (Invitrogen - Thermo Scientific) ou alternativamente o kit MEGAscript T7 (Invitrogen- Thermo Scientific) para produção do RNA alvo, que foi quantificado, sendo utilizado como controle positivo, após a realização de uma curva de diluições seriadas (log10). A população de estudo compreendeu 274 indivíduos de ambos os sexos em diferentes faixas etárias, com queixas sugestivas de infecção respiratória aguda, provenientes de serviços de saúde da região metropolitana de Belém. O RNA viral foi extraído a partir do espécime clínico utilizando-se o kit High Pure Viral nucleic acid kit (Roche, Indianapolis, USA), seguindo as orientações do fabricante. A detecção do genoma viral foi realizada através RTqPCR de acordo com protocolo já padronizado. Foram utilizados detectores (iniciadores e sonda) específicos para o gene M do Vírus nfluenza C e para o gene da RNAseP humana (RNP). O controle positivo (RNA sintético de influenza C) e os negativos (água livre de DNAse e RNAse) foram incluídos em cada reação. A reação foi realizada no termociclador 7500 Real-Time PCR (Applied Biosystems - Thermo Scientific), com o kit comercial GoTaq Probe 1-Step RT-qPCR System (Promega). RESULTADOS O genoma viral foi detectado em 0,36% (1/274) das amostras analisadas. O espécime positivo foi proveniente de um paciente do sexo feminino, 22 anos de idade, a qual se encontrava no 3º trimestre gestacional. Os sintomas principais foram dispneia, acompanhada de febre, tosse, mialgia, desconforto respiratório, coriza, cafaleia, congestão nasal e afirmou ser portadora de bronquite asmática. Este achado evidencia a circulação do Vírus influenza C no Brasil. |