Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Tatiana Santos dos |
Orientador(a): |
Diniz Junior, José Antônio Picanço |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3187
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Resumo: |
Resumo: O Piry vesiculovirus (PIRYV) é um membro da família Rhabdoviridae que foi isolado das vísceras de um marsupial em 1960. Possui morfologia de “bala de revolver” e capacidade de induzir encefalite, miocardite, entre outros agravos em camundongos neonatos, provocando óbito em poucos dias após inoculação intracerebral, intranasal ou intraperitoneal. Também há registro de infecção desse vírus em humanos, induzindo um quadro autolimitado caracterizado por febre, mialgia e cefaléia por 1 ou 2 dias. O objetivo deste estudo foi estudar a resposta inflamatória no sistema nervoso central e sangue periférico de murinos adultos da linhagem BALB/c infectados pelo PIRYV após inoculação intranasal. Para tanto, os animais infectados foram processados para realização de testes histopatológicos e imunohistoquímicos em cérebro, pulmão, fígado e baço. Realizou-se também a quantificação de citocinas e de óxido nítrico no SNC e de citocinas no sangue. Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que o PIRYV provoca lesões no parênquima encefálico, pulmão e fígado já no 3º dia pós-inoculação (d.p.i.) com evolução progressiva das lesões no 5º d.p.i. No encéfalo, cromatólise, picnose e edema celular e perivascular foram as lesões mais observadas, sendo o bulbo olfatório a área mais afetada com focos de hemorragia e intensa destruição celular. No pulmão foram observadas congestão e hemorragia, no fígado os achados mais importantes foram os infiltrados inflamatórios, necrose lítica e no baço hipertrofia folicular e congestão de polpa vermelha. Os ensaios imunohistoquímicos demonstraram a presença de antígenos virais em diversas regiões do parênquima cerebral, tais como bulbo, córtex e cerebelo. Foram encontradas micróglias ativadas nas mesmas regiões onde os antígenos virais e as lesões celulares foram detectadas. Também foi detectada marcação para antígenos virais em regiões pontuais do pulmão no grupo infectado do 3º d.p.i. (GI3). Por meio de microscopia eletrônica de transmissão foi possível observar a morfologia da partícula viral, bem como as lesões celulares induzidas pela mesma. O PIRYV induziu aumento na produção das citocinas MCP- 1, INF-ϒ, TNF-α no sangue dos animais do GI3 e IL-6 nos animais do grupo infectado do 5º d.p.i. (GI5). No SNC houve aumento de IL-6, MCP-1, INF-ϒ, TNF-α e IL-1β e IL12p40 nos animais do GI5. Esses achados indicam que o PIRYV, após inoculação intranasal, induz encefalite aguda em camundongos adultos da linhagem BALB/c, além de lesões hepáticas e pulmonares com aumento de imunomoduladores pro - inflamatórios no 3º d.p.i. ao nível sistêmico e no 5º d.p.i. no SNC. |