Polimorfismos do fator de necrose tumoral alfa, da interleucina-18 e do interferon gama na coinfecção HIV/HCV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tsuda, Luciana Castelar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-23112015-192335/
Resumo: As complicações hepáticas secundárias à infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV) são uma importante causa de morte em portadores da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Pacientes com coinfecção HIV/HCV apresentam progressão acelerada da fibrose hepática, na qual há participação da resposta inflamatória do sistema imunológico, e requerem maior atenção no tratamento da hepatite C e de suas reações adversas. Assim, os objetivos principais do estudo foram tipificar e comparar os polimorfismos -607 e -137 da interleucina-18 (IL-18), +874 do interferon gama (IFN-?? e -308 e -238 do fator de necrose tumoral alfa (TNF- ?? em quatro grupos (coinfecção HIV/HCV, monoinfecção pelo HIV, monoinfecção pelo HCV e controles saudáveis); investigar a associação dos alelos e genótipos desses polimorfismos com a resposta ao tratamento da hepatite C (respondedor e não respondedor), graus de atividade necroinflamatória (METAVIR A0A1 vs. A2A3) e de fibrose hepática (METAVIR F0-F2 vs. F3F4) em portadores do HCV e identificar os sinais e sintomas relacionados às reações adversas do tratamento da hepatite C. Os dados foram coletados nos prontuários médicos e no sistema informatizado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e os polimorfismos tipificados pela técnica de reação em cadeia da polimerase com iniciadores de sequência específica. Participaram do estudo 400 indivíduos, distribuídos em quatro grupos de 100, predominantemente constituídos por homens com idade média entre 33 e 50 anos. Na avaliação geral, os genótipos -238 G/G (TNF-?? e +874 A/A (IFN-?? foram mais frequentes no grupo coinfecção HIV/HCV em relação ao monoinfecção pelo HCV. O genótipo -308 G/A e o alelo -308 A (TNF-?? foram associados com a susceptibilidade à coinfecção HIV/HCV e o genótipo -308 G/G e o alelo -308 G (TNF-?), com proteção. No grupo coinfecção HIV/HCV, a frequência do genótipo - 137 G/C (IL-18) foi maior nos sujeitos com atividade necroinflamatória A0A1 que nos com A2A3. Nos pacientes com fibrose F3F4, o genótipo -238 G/G (TNF-?? foi mais frequente no grupo coinfecção HIV/HCV que no monoinfecção pelo HCV e naqueles com F0-F2, o genótipo +874 A/A (IFN-?? também foi mais frequente no grupo coinfecção HIV/HCV. A frequência do genótipo +874 T/T (IFN-??, dentre os pacientes do grupo coinfecção HIV/HCV, foi maior naqueles com fibrose F3F4 que nos com F0-F2. Não foram encontradas associações estatisticamente significantes entre as frequências alélicas e genotípicas e os tipos de resposta ao tratamento da hepatite C nos pacientes do grupo coinfecção HIV/HCV; nos do monoinfecção pelo HCV, houve diferenças nas frequências alélicas e genotípicas (posição -238 do TNF-?) entre pacientes respondedores e não respondedores. Os principais sinais e sintomas relacionados às reações adversas do tratamento da hepatite C foram mialgia, febre, fraqueza, cefaleia e hiporexia. Anemia, hiporexia e vômito foram mais frequentes no grupo coinfecção HIV/HCV. Conclui-se que há relação dos alelos e genótipos de citocinas com a gravidade da doença hepática e resposta ao tratamento da hepatite C. Adicionalmente, algumas reações adversas ao tratamento foram mais pronunciadas em coinfectados HIV/HCV