Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Duarte Junior, José Wandilson Barboza |
Orientador(a): |
Mascarenhas, Joana D’Arc Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4212
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Resumo: |
A ação antrópica na Região Amazônica influencia diretamente a relação entre patógenos e hospedeiros animais, trazendo como consequência a movimentação de diversas espécies de animais silvestres de seu habitat natural para áreas urbanas ou rurais, podendo levar a dispersão de diferentes agentes etiológicos. Neste contexto, a gastrenterite aguda se configura como uma síndrome que pode ser causada por rotavírus (RV) e picobirnavírus (PBV). Estudos demonstram que diferentes espécies de animais vertebrados podem ser infectadas por RV e PBV, evidenciando seu potencial zoonótico e aumento da sua diversidade genética. O objetivo deste estudo foi detectar e caracterizar RV e PBV em espécimes fecais de animais selvagens, internados no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará (HOVET-UFPA). De janeiro de 2018 a junho de 2019 foram coletados um total de 71 amostras de espécimes fecais de mamíferos, répteis e aves selvagens internados no HOVET-UFPA, os quais manifestavam diferentes sinais clínicos como diarreia, desnutrição, desidratação e fraturas. Todas as amostras foram suspendidas em tampão PBS 1x pH 7.4, seguida da extração do ácido nucleico. Posteriormente o material genético foi submetido à Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (EGPA) e a Reação em Cadeia da Polimerase precedida de Transcrição Reversa em Tempo Real (RT-qPCR) para a triagem de RVA. A caracterização molecular foi realizada por Nested-PCR para os genes VP7 e VP4 de RVA. Para o gene NSP3 de RVA e para os RV aviários (A, D, F e G) foi realizada a Reação em Cadeia da Polimerase precedida de Transcrição Reversa (RT-PCR). A detecção de PBV foi realizada pela RT-PCR para o Genogrupo I e II seguida de caracterização por Nested-PCR. As amostras positivas foram genotipadas e todos os amplicons obtidos foram purificados e sequenciados. As análises dos resultados mostraram 34% (24/71) de positividade para RVA por RT-qPCR com a caracterização de 8,3% (2/24) para o gene NSP3, genótipo T2, 41,7% (10/24) para o gene VP7, genótipos G1, G3, G6 e G12 e 79,2% (19/24) para o gene VP4, genótipo P[2]. Na pesquisa de RVA, RVD, RVF e RVG, 4,5% das amostras (1/23) apresentaram coinfecção para RVA, RVD e RVF. Para Picobirnavírus 5,6% (4/71) das amostras amplificaram para o Genogrupo I da região RdRp. Tais achados apresentam o primeiro relato da circulação destes genótipos em animais selvagens e espécies exóticas no Brasil e no Mundo e evidenciam o possível potencial de transmissão interespécies dos RV e PBV. É importante o monitoramento destes agentes para se obter dados a respeito da epidemiologia, ecologia e evolução dos RV e PBV, bem como os impactos negativos na saúde animal. |