Desenvolvimento socioeconômico sob a ótica da gestão fiscal: uma análise multivariada nos municípios brasileiros

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Silva, Júlio Carlos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
• Palavras-chave em Português: Gestão fiscal municipal; Desenvolvimento socioeconômico; Indicadores; Gestão - recursos estatais
• Link de acesso: https://repositorio.idp.edu.br//handle/123456789/4354

Sob a batuta da administração pública encontram-se os mecanismos de gestão dos recursos estatais para que sejam aplicados de forma efetiva e eficiente, que norteados por meio de ações governamentais destinam-se à promoção do desenvolvimento socioeconômico, finalidade maior do Estado. Neste diapasão, o presente estudo dissertativo teve por objetivo principal investigar possível associação entre o desenvolvimento socioeconômico local e a gestão fiscal municipal. Desafiou-se a hipótese de que o desenvolvimento socioeconômico local associa-se, em algum nível, à gestão fiscal municipal. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa descritiva, documental e quantitativa com dados secundários dos 5.569 municípios brasileiros, referente ao ano de 2016. Utilizou-se estatística multivariada (regressão múltipla) e bivariada (correlação de Spearman) por meio de indicadores da gestão fiscal municipal e de desenvolvimento socioeconômico local - IFDM. Os resultados da pesquisa indicaram que as variáveis de gestão fiscal com maior magnitude (grande) na correlação foram as de dependência fiscal (rho=-0,6) e esforço tributário próprio (0,6), seguidas do gasto com saúde (rho=0,48), gasto com pessoal (rho=-0,37), suficiência financeira (rho=0,25), endividamento (rho=-0,19), investimento (rho=0,08), liquidez (rho=0,05) e, por fim, gastos com educação (rho=-0,04). No que se refere aos resultados da regressão múltipla atenderam aos pressupostos de qualidade do ajuste as variáveis de gestão fiscal representativas dos gastos com educação e saúde, gasto com pessoal, liquidez, endividamento e investimento que em conjunto aferiram um coeficiente de determinação ajustado na ordem de 30,72%. Desta forma, conclui-se que o desenvolvimento local associa-se de forma moderada com a gestão fiscal nos municípios analisados; ressalta-se que não se pode inferir por esta análise que exista ou não causalidade.