Habemus Papam - Eleição Papal nas coberturas midiáticas de jornais paulistas: de Leão XIII (1878) a Francisco (2013) , Ano de Obtenção: 2018.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.
Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da PUC-SP Brasil Comunicação e Semiótic |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/440 |
Resumo: | “Quais simulacros de Papa a mídia impressa paulista constrói ao dar a ver os líderes da Igreja Católica Apostólica Romana logo após suas respectivas eleições?” é a problemática que norteia a presente dissertação. A partir de um corpus de páginas dos jornais “O Estado de S.Paulo” e “Folha de S.Paulo” num período de 135 anos, analisa-se como essa mídia projeta tipologias confrontando seus valores com os da Igreja Católica, programadora do papel temático “Papa”. A hipótese é a de que os jornais circulam modos de presença de cada Papa conforme seus interesses, pasteurizando as identidades do Cardeal eleito. Ainda assim, postula-se, numa perspectiva nova da teoria, que apesar das prescrições da Igreja, o simulacro projetado carrega consigo o modo de ser e de estar no mundo forjado pelas características individuais de cada Cardeal que assume a função – num sincretismo de destinadores. A investigação tem o objetivo de aprofundar a reflexão sobre o sincretismo de linguagens na concretude das páginas analisadas. De um lado, o destinador Igreja programa o percurso temático dos Papas. Esse percurso é vivido por um Cardeal específico, ele próprio um destinador. Na sacada da Basílica de São Pedro, esses percursos se unificam e se projetam para o mundo. Capturada pela mídia, a cena é reorganizada em outra manifestação que articula nas páginas dos jornais o sincretismo de linguagens – verbal, visual e espacial. A fundamentação teórica é a da Semiótica Discursiva, elaborada por Algirdas Greimas, e seus desdobramentos na Sociossemiótica de Eric Landowski. Leva-se em consideração a Semiótica Plástica, organizada por Jean Marie Floch e aprofundada nos estudos de Ana Claudia Oliveira, em especial no estudo da estesia das qualidades sensíveis que fazem sentir o novo Papa. Os resultados apontam para a possibilidade de uma articulação entre as tipologias dos simulacros construídos pelas mídias com os regimes de interação e risco, mostrando que na projeção midiática dos líderes católicos há uma predominância nas dêixis do acidente e do ajustamento que revelam uma dinâmica pela visibilidade. O novo é, na verdade, uma figurativização do novo que mantém, na profundidade, as intencionalidades e programações do velho discurso da Igreja |