Validade do cardiofrequencímetro para avaliação do controle autonômico cardíaco em indivíduos com lesão medula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CASTRO, Patrícia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário Augusto Motta
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/213
Resumo: Na lesão medular podem ocorrer alterações no sistema nervoso simpático, que modificam o controle autonômico cardíaco e, consequentemente, há um aumento do risco de mortalidade por questões cardiovasculares. O controle autonômico cardíaco pode ser avaliado pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC), sendo o eletrocardiograma o método padrão-ouro. A sua utilização, contudo, é limitada a ambientes laboratoriais, sendo necessária a busca de ferramentas que possam ser igualmente úteis para este fim e que permitam uma aplicação prática no dia-a-dia. Objetivo: Investigar a validade do cardiofrequencímetro na avaliação do controle autonômico cardíaco de indivíduos com lesão medular. Método: Estudo transversal com 28 indivíduos, divididos em três grupos: 10 com paraplegia, 09 com tetraplegia, e 09 sem lesão medular. Os sinais do eletrocardiograma e do cardiofrequencímetro foram mensurados no repouso, na posição sentada, durante 10 minutos. Utilizou-se a janela dos últimos 5 minutos para a contagem dos intervalos RR e subsequente cálculo dos índices da VFC (métodos lineares nos domínios do tempo e da frequência). Foram realizadas comparações entre os subgrupos do estudo (Anova de um fator com post hoc de Tukey) e a verificação da validade das medidas geradas a partir do cardiofrequencímetro foram verificadas pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC2,1) e pela abordagem gráfica de Altman e Bland. O nível de significância estatística foi de 5%. Resultados: No domínio do tempo, tanto no grupo com tetraplegia quanto no grupo com paraplegia foi observada confiabilidade excelente (ICC2,1> 0,75; p <0,01) em todos os índices de VFC considerados. No domínio da frequência, no grupo com paraplegia, todos os índices também apresentaram confiabilidade classificada como excelente. No grupo com tetraplegia, a confiabilidade dos índices VLF (p = 0,69; Loa = -1099,8; 712,8) e LF/HF (p = 0,68; Loa = -4,4; 4,3) foram classificadas como inaceitáveis (ICC2,1<0,40) e os demais aceitáveis ou excelentes. Conclusão: O cardiofrequencímetro mostrou-se um instrumento válido para a avaliação da VFC em indivíduos com lesão medular com sequelas de paraplegia e tetraplegia.