Gestão sustentável de empresa familiar: um estudo de caso focalizando o ecoturismo indígena a ser gerenciado pelo povo Paiter Suruí, na região de Cacoal, Estado de Rondônia
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidad Autónoma de Asunción
Facultad de Ciencias Económicas y Empresariales Brasil Doctorado en Gestión de Empresa |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/641 |
Resumo: | A integração indígena à civilização brasileira continua um paradoxo crítico, com soluções adiadas, enquanto as vítimas continuam sendo os excluídos. Reduzido a condição de incapaz, o indígena brasileiro está subjugado ao Estatuto de Índio, um instrumento normativo gerado na época da ditadura militar que assolou o Brasil. Esta norma de controle sobre os indivíduos há muito deveria estar banida do país, pois a retenção de populações em espaços denominados de Reserva Indígena, além de remeter aos conceitos de campos de concentração nazifascistas, depõe contra a essência dos Direitos Humanos, senão considere a miséria a que está reduzido o índio. Este quadro enseja a busca pela realidade do povo Paiter Suruí, como referência, em uma investigação voltada para a inclusão por meio do ecoturismo. Esta comunidade dos excluídos também perde a capilaridade da riqueza presente, pois o seu território se degrada pelas queimadas ou pela química da agricultura vizinha. E a Ciência da Gestão de Empresa poderá oferecer subsídios para reverter o absurdo, enquanto focaliza benefícios substantivos. É considerada a multidisciplinaridade envolvendo o etnodesenvolvimento e a Teoria do Ecodesenvolvimento, aplicando o Método do Estudo de Caso. A perspectiva é subsidiar um cenário para a exploração do ecoturismo indígena na Reserva Sete de Setembro, através de uma Empresa Familiar Indígena, gerenciada pelas lideranças tradicionais. O empreendimento terá como produto o patrimônio imaterial indígena e a beleza cênica de suas terras, associados às técnicas de gestão. O talento guerreiro dos Paiterey o fará ressurgir, diante da sociedade que os marginaliza na Amazônia Ocidental. Se forem decididos pela praticidade, os efeitos substantívos previstos ensejarão a promoção socioeconômica, com geração de renda própria e integração sustentável em uma modelagem inédita no Brasil. |