Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ferreira Neto, Antonio
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Orientador(a): |
Mattos, José Roberto Linhares de |
Banca de defesa: |
Mattos, José Roberto Linhares de,
Nascimento, Eulina Coutinho Silva do,
Scandiuzzi, Pedro Paulo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12569
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Resumo: |
Por necessidade, os indivíduos sempre estão medindo, contando ou aferindo algo presente no meio em que estão inseridos. Nessa perspectiva, a etnomatemática, em uma abordagem histórico-cultural, ajuda a entender melhor a capacidade de um povo criar e coletivizar representações da realidade, pois todos os distintos grupos sociais abrolham diferentes conhecimentos. Neste trabalho o objetivo principal foi investigar, através de uma perspectiva etnomatemática, a cultura matemática da etnia Paiter Suruí no cotidiano das aldeias, observando seu sistema de contagem e como o professor indígena Paiter Suruí desenvolve suas atividades. A pesquisa teve caráter qualitativo, com entrevistas e observações a moradores, alunos e professores das aldeias. No decorrer da pesquisa observamos diferentes maneiras que podem ser usadas para ensinar conceitos da Matemática tomando como viés a cultura de um povo, em um ambiente formal e informal, minimizando barreiras na aprendizagem e tornando-a mais significativa. Destacamos a importância do conhecimento matemático para os indígenas e a utilização desses conhecimentos na manutenção das aldeias (venda de produtos, construção, plantios, entre outros). Verificamos quais os conteúdos de matemática são mais utilizados e que os auxiliam no seu trabalho e no desenvolvimento das aldeias. Durante a pesquisa ficou evidenciado o processo interdisciplinar como ferramenta indispensável na superação das dificuldades de ensinar nas aldeias (falta de material adequado, falta de alguns recursos didáticos etc.). Os professores utilizam-se dos temas matemáticos como um extraordinário recurso didático, aliando-os ao processo educacional como um todo. Desta forma, além de aprender conceitos matemáticos, eles conseguem formar cidadãos responsáveis, preocupados com o direito do outro e o bem-estar de todos. A etnomatemática, por sua vez, auxilia o educando e o educador a entender a realidade holística do saber fazer, passar a entender fatos que observados de outro ângulo tornam-se menos complicados, instiga à pesquisa e, por conseguinte, a descoberta, numa volta a sua origem. Ensinar matemática para um povo da floresta, usando como plataforma sua cultura com seus significados e formas diversificadas, é tirá-lo da aprendizagem entre quatro paredes e expô-lo a um cenário inovador em que a teoria se confunde com a realidade, imergindo o aluno em formas e modelos compreensíveis. |