Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, João Alberto Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Paraná
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/381
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Resumo: |
Trata-se de estudo quantitativo de corte transversal, que objetivou analisar a relação entre internação hospitalar e ocorrência de delirium em idosos na condição de fragilidade. Este estudo integra o projeto de pesquisa intitulado “Fragilidade física e os desfechos clínicos, funcionais, nutricionais e a demanda de cuidados em idosos hospitalizados”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, parecer no 4.985.540 e pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, parecer no 5.055.260. O estudo foi desenvolvido no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns, Curitiba, Paraná. Os participantes foram idosos, com idade ≥ 60 anos, hospitalizados para tratamento clínico e/ou cirúrgico nas unidades de internação. Calculou-se o tamanho mínimo da amostra (n=300 idosos) utilizando-se o período pré-pandêmico, ano de 2019, como recorte temporal, no qual ocorreram 7.254 internações, sendo 4.146 ≥ 60 anos. Os dados foram coletados por meio de questionários sociodemográfico e clínico e testes que compreendem o fenótipo da fragilidade física e o Confusion Assessement Method no período de março a julho de 2022. Realizaram-se análises descritivas para as variáveis sociodemográficas, internação, laboratoriais, histórico médico e estimaram-se as odds ratio ajustadas para as variáveis fragilidade e delirium. Dos 320 idosos avaliados, o delirium foi evidenciado em 67 (21,14%) no momento da admissão. Houve predomínio de idosos pré-frágeis (n=157; 49%), seguidos dos frágeis (n=116; 36,25%) e não frágeis (n=44; 13,75%). A proporção de idosos frágeis que apresentaram delirium foi de 71,64% e entre os pré frágeis 28,36% (p<0,0001). O modelo preditivo indicou associação entre a ocorrência de delirium e fragilidade (OR 1,22; IC95% 1,07 a 1,38), idade > 80 anos (OR 1,14; IC95% 1,01 a 1,32), diagnóstico de epilepsia (OR 1,38; IC95% 1,09 a 1,76) e diagnóstico de demência (OR 1,58; IC95% 1,37 a 1,82). Outrossim, encontrou-se associação entre a ocorrência de delirium e valores de Proteína C-Reativa acima dos valores de referência (OR 3,13; IC95% 1,10 a 11,36) e história prévia de acidente vascular encefálico (OR 1,14; IC95% 1,03 a 1,26). Durante a internação hospitalar, idosos frágeis mostraram maior probabilidade de desenvolverem delirium. Pré-fragilidade e fragilidade foram condições prevalentes no ambiente hospitalar, tornando-se importante seu rastreio e gerenciamento durante o internamento. Houve maior propensão ao desenvolvimento de delirium em idosos acima de 80 anos. Medidas de prevenção ao delirium devem ser implementadas nessa faixa etária minimizando-se as consequências deletérias. Destaca-se a importância da realização de anamnese que busque a identificação do diagnóstico de demência, epilepsia e acidente vascular encefálico prévio para ampliar as medidas de prevenção do delirium pela equipe multiprofissional. |