Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, José André Verneck
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Orientador(a): |
Araujo, João Sebastião de Paula |
Banca de defesa: |
Araujo, João Sebastião de Paula,
Lopes, Higino Marcos,
Silva, Elga Batista da,
Faver, Leonardo Ciuffo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10375
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Resumo: |
A utilização de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) abre novos mercados e desafios na concepção de sistemas de produção inovadores e de comercialização equânime. O feijão-borboleta (FB) (Clitoria ternatea L.) é uma leguminosa perene, nativa da Ásia Equatorial, de intensa floração, bem distribuída pelo ano. As flores são utilizadas como remédio na medicina popular e seu raro pigmento cerúleo é valorizado na arte gastronômica. A planta é ruderal, tem potencial para o paisagismo comestível, mas no Brasil seu uso etnobotânico principal é apenas agrosilvopastoril e sequer consta do compêndio Regra de análise de sementes (RAS, 2009). Esta dissertação foi construída a partir de experimentos e publicações independentes, que abrangem da produção à pós-colheita FB, razão pela qual é apresentada na forma de capítulos. O Capítulo I contempla a caracterização e avaliação das sementes in vitro, disponibilizando métricas e parâmetros de sementes de FB obtidas de cultivo agroecológico em Macaé/RJ, sendo: a) comprimento médio=6,2mm; b) largura média=4,3mm; c) espessura média=3,8mm; d) média de sementes/legume=8; e) peso de 1000 sementes=130g; f) número de sementes/kg=8000; g) taxa de germinação: em areia autoclavada=82%, em gerbox=77%, em rolo de papel= 63%; h) aspectos fitossanitários: exames e fotomicrografias permitiram associar os gêneros Colletotrichum, Cladosporium e Penicillium como patógenos das sementes de FB. O capítulo II é voltado à fitotecnia in vivo da espécie, semeadura, transplantio e cultivo em vasos para produção florífera. Ensaio de semeadura indicou melhor resultado com Carolina soil® no que se refere à taxa de germinação (49%) e Índice de velocidade de germinação (27,7). Tentativa de cultivo irrigado e tutorado de FB em vasos de 8 L apresentou produtividade florífera superior em substrato constituído por 6 L FORTH floreiras®: 2 L esterco bovino curtido. Também foi possível obter parâmetros médios de crescimento das plantas, ramos floríferos, botões florais, flores abertas, legumes em formação e peso seco das plantas, bem como descrever o ciclo fenológico do FB e dos eventos fisiológicos que caracterizam seus estádios (V0 a R7) ao longo do desenvolvimento, desde a semeadura até a maturação dos legumes. O Capítulo III contempla um Comunicado Técnico para a desidratação doméstica simplificada das flores de FB, publicado como capítulo de livro digital para acesso gratuito. Já o Capítulo IV é um roteiro ilustrado de inovação gastronômica na forma de livro digital para veiculação gratuita, constituído por sugestões de preparações culinárias à base de flores de FB, os meios mais simples para obtenção de seu corante natural e dados etnobotânicos da espécie. Por fim, considerando que o isolamento social e a restrição financeira decorrentes da pandemia COVID-19 acentuaram a necessidade de expandir a agroecologia doméstica como instrumento coletivo para segurança alimentar e nutricional da população, o Capítulo V se apresenta na forma de artigo publicado na Revista Educação Ambiental em Ação, sobre a conversão de um gramado residencial em sítio agroecológico urbano, elencando os principais efeitos simpáticos à própria susbsistência, e à ecologia da paisagem periurbana onde foram desenvolvidos os ensaios experimentais de campo e cozinha que integram esta dissertação. |