Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ávila, Andréia Souza Pereira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9948
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Resumo: |
O estudo de palinomorfos é uma importante ferramenta muito aplicada para melhor compreender mudanças climáticas e ambientais no passado. No Brasil, estudos paleopalinológicos em ambiente marinho têm sido cada vez mais desenvolvidos, porém em sua grande maioria abrange apenas o período a partir do Último Máximo Glacial até o presente. Sendo assim, o presente trabalho tem um caráter inédito para a região de estudo uma vez que abrange um período de tempo mais antigo do que os já estudados até o momento. O objetivo deste trabalho foi determinar as mudanças paleoclimáticas e paleoambientais na porção sul do Cone do Rio Grande, sul do Brasil durante parte do Pleistoceno tardio (66,5 – 47 mil anos atrás), além de reconstituir a história de deposição sedimentar do Cone. Dezenove amostras foram coletadas no testemunho REG 972. Sempre que possível, 300 grãos de polen e esporos foram contados por amostra. As análises de matéria orgânica foram realizadas por ignição. O modelo de idade foi estabelecido a partir de análises de ẟ18O analisados em testas de foraminíferos bentônicos. O intervalo estudado foi dividido em duas palinozonas (PZ) de desenvolvimento paleoambiental: PZ I (66,5-53,5 mil anos), que foi subdivida em PZ Ia (66,5-64,5 mil anos) e PZ Ib (64,5-53,5 mil anos) e PZ II (53,5-47 mil anos). A PZ Ia é caracterizada por condições secas e dominância de campos (Poaceae) e marismas (Cyperaceae e Amaranthaceae-Chenopodiaceae). A PZ Ib apresenta aumento pontual de Briophyta e Pteridophyta, além de Araucaria angustifolia, Arecaceae e Alchornea triplinervia, o que provavelmente está relacionado com o início do EIM 3. Na PZ II, as condições mais quentes e úmidas persistem e as florestas de galeria apresentam uma expansão na planície costeira. A presença de algas de água doce ao longo de todo o registro indica que a formação sedimentar do Cone do Rio Grande, apesar de ocorrer sempre em ambiente marinho, deu-se sob grande influência do aporte terrígeno. Os dados de Matéria Orgânica variaram juntamente com o nível médio do mar. A partir destes dados e dos dados de dinoflagelados pode-se concluir que a PZ I contém o período de menor produtividade, enquanto na PZ II houve um aumento de produtividade devido, provavelmente, a uma maior influência da Água Subantártica de Plataforma, trazendo águas mais frias e ricas em nutrientes para a região. |