Influências das nanopartículas de dióxido de titânio na metabolização, padrão de acumulação e toxicologia do arsênio no camarão branco Litopenaeus vannamei (Penaeidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cordeiro, Lucas Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8278
Resumo: A toxicidade aguda de nanodióxido de titânio (nTiO2) conjuntamente a estressores ambientais, como o arsênio (As), é pouco conhecida. Além disso, sabe-se muito pouco sobre como nTiO2 pode afetar fatores como acumulação e metabolização de As, em experimentos com nanopartículas, expecialmente em água salgada. O objetivo do presente trabalho foi avaliar se a co-exposição de 48h ao nTiO2 e As poderia potencializar os efeitos induzidos pelo As, bem como a capacidade de acumulação e metabolização do semi-metal, em hepatopâncreas e brânquias de Litopenaeus vannamei, em exposições em água salgada. Os experimentos consistiram de exposições ao As, ao nTiO2 e exposições a ambos os compostos simultâneamente. Foram feitas exposições utilizando concetrações de 1 mg/L para ambos os compostos e outras com exposições de 0,01 mg/L também para ambos os compostos. Nas exposições a 0,01 mg/L para ambos os compostos, não foram observadas alterações significativas no padrão de acumulação e na toxicidade de As por influência de nTiO2. O metabolismo do As, entretanto, foi afetado pela presença da nanopartícula, havendo um acúmulo importante de DMA apenas na co-exposição e não nas exposições individuais (apenas As ou nTiO2). As brânquias também foram afetadas de forma mais significativa que hepatopâncreas, devido provavelmente pelo fato do órgão permenecer em contato direto com o ambiente e possuir uma capacidade antioxidante menor que hepatopêncreas. Nas exposições a 1 mg/L para ambos os compostos, houveram alterações na toxicidade de As importantes por ação de nTiO2. A nanopartícula também afetou o padrão de acumulação de As, reduzindo a entrada de As em ambos os tecidos testados. Além disso, nTiO2 afetou a metabolização de As de forma significativa, resultando em um aumento expresivo de espécies especialmente tóxicas em brânquias, como As inorgânicos e MMA. Independentemente da concentração, nTiO2 parece reduzir a capacidade de metabolização ao As nos tecidos, o que pode resultar em um aumento na toxicidade do semi-metal.