Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Luciano Henrique Barca de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150337
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Resumo: |
O mercado de pescados no Brasil tem se expandido muito nos últimos anos e com previsão de um crescimento ainda maior. A busca crescente por essa fonte de alimento no país leva à uma preocupação associada a qualidade do pescado, principalmente se tratando de metais tóxicos presentes nas águas e sedimentos dos rios. Os peixes, assim como outros frutos do mar, têm a capacidade de bioacumular estes metais em seu organismo, seja por contato direto ou indireto. O arsênio é um destes contaminantes e está presente naturalmente em águas e sedimentos, e também advindo de atividades antropogênicas como queima de combustíveis fósseis e agrotóxicos. A concentração de arsênio total nos principais tecidos da tilápia foram determinados e uma estimativa dos riscos associados ao consumo deste peixe na região Noroeste de São Paulo foi realizada, levando em conta as diretrizes estabelecidas pela FAO/OMS. As análises foram realizadas por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) no modo de discriminação de energia cinética (KED). Materiais de referência certificados foram analisados com recuperações de 101, 110 e 80% de NIST 1640a, NIST 1566b e DORM-3, respectivamente. Na parte consumível (o tecido muscular dos peixes), a concentração média encontrada foi de 0,030 ± 0,008 μg g-1, que é inferior ao valor máximo permitido de arsênio estabelecido pelas agências reguladoras nacionais e internacionais. A concentração média encontrada nas vísceras (estômago, brânquias e fígado) esteve na faixa de 0,016 – 1,170 μg g-1, demonstrando maior capacidade de bioacumulação de arsênio. Foram realizados esnsaios de bioacumulação com As(III) (espécie mais tóxica do arsênio) com tilápias em laboratório. O ensaio foi dividido em grupo de 7 dias de exposição e 7 dias de depuração ao contaminante. Os resultados demonstraram que o estômago e fígado desempenham um papel importante na absorção e acúmulo desse semimetal presente em águas contaminadas. A estimativa dos parâmetros tóxicocinéticos (constantes de absorção, depuração e fator de bioconcentração – BCF) obtidas com os testes de exposição ao As(III), permitiu avaliar a capacidade de absorção e depuração de cada órgão de interesse. A ordem de bioacumulação determinada pelo BCF foi: estômago > fígado > brânquias > filet. |