Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Melgar Junior, Eduardo Garralaga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/10121
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Resumo: |
Em busca de um discurso uno, universal e constituído de reiterações performáticas do mesmo, a razão ocidental distanciou o outro e suas diferenças e multiplicidades, tal como vem sendo feito com as escolas instituindo e naturalizando a eterna crise. Na contra-direção desse movimento, a perspectiva filosófica de Michel Foucault interrogou os espaços da outroriedade suprimida pela busca contínua do poder racional ocidental que buscou reiterar uma determinada universalidade. Nessa direção, o filósofo francês nos convida a pensar que heterotopia seriam referentes a espaços deslocados da universalidade. Assim, ao caminhar pelas escolas, com os sentidos deslocados da universalidade é possível viver, nos seus espaçostempos, as produções heterotópicas. Ainda que reconhecidas de desvios ou indisciplinas, elas estão fora do que os discursos da sociedade aceitam e impõem as condutas educativas. Por meio de encontros e reflexões com os grupos de pesquisa "Nós do Sul: Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Identidades, Currículos e Culturas - (CNPq/FURG)" e "Políticas do Corpo e Diferenças-POC'S (CNPq/UFPe)l", esta tese se interessa em debater os usos dos/as praticantespensantes da escola pública em articulação com os acontecimentos que potencializam insurgências e criações cotidianas nas interações proporcionadas pelas práticas docentes. Elaborada na linha de pesquisa "Discursos, culturas e subjetividades na educação em ciências" do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências- Química da Vida e Saúde - PPGEC da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, essa pesquisa teve como objetivo central, interrogar as heterotopias vivenciadas com a Escola, questionando os acontecimentos inesperados vividos/as pelos/as praticantespensantes que (re) significaram as nossas práticas docentes. A escrita da pesquisa buscou em Michel de Certeau, Nilda Alves, Regina Leite Garcia e Inês Barbosa Oliveira as ferramentas para problematizar as experiências heterotópicas vividas nos/dos/com os cotidianos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Jeremias Fróes. Naquele lugar em que os acontecimentos e as ocasiões podem ser lidos de tantas e outras formas, com lentes diversas buscou-se narrar, a partir das contribuições de Michel Foucault, os espaçostempos nos quais as heterotopias que reconstruíram e reinventaram a Escola. Desnaturalizar conceitos, abrir possibilidades para o inusitado, tornar perspicaz situações que rompem o normalizado a criar proposições e petições aos saberes, são emergências desses espaçostempos cotidianos da Escola. As narrativas das práticas heterotópicas apresentadas nos capítulos são acontecimentos que dão pistas do que há de mais significativo e belo no chão da escola para os que narram. Sem a pretensão de ser melhor ou importante, as heterotopias que emergem nos rizomas da Escola parecem oxigenar o vivido e dão fôlego a situações sufocadas pela insistente normatização que insiste em viver a crise, sempre carente de intervenção, da educação. |