Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Scalon, Liamara |
Orientador(a): |
Gerhardt, Tatiana Engel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/232605
|
Resumo: |
A sucessão familiar continua sendo um grande desafio, para a continuidade das atividades, para a agricultura familiar, para o futuro de regiões, para o desenvolvimento local, regional e rural. Afinal, quem serão os agricultores e as agricultoras familiares do futuro? Como estimular as presentes e futuras gerações a continuar na agricultura? Essas são algumas das questões, reflexões e desafios que se colocam quando analisamos a problemática da reprodução da agricultura familiar e os rumos do espaço rural. De tal modo, nossa proposta de estudo foi analisar os anseios e as perspectivas de futuro de jovens mulheres, estudantes e egressas de Casas Familiares Rurais (CFRs), quanto à permanência no meio rural e a sucessão familiar. Para alcançar esse propósito, além de análises bibliográficas e documentais acerca do tema e suas nuances, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com jovens estudantes e egressas das CFRs de Saudades e Modelo, buscando (re) conhecer suas histórias e trajetórias, projetos, motivações e relações estabelecidas no contexto de permanência e sucessão, bem como o papel e as possíveis contribuições das CFRs para os direcionamentos futuros das jovens. Em nosso estudo, procuramos colocar em evidência casos de jovens mulheres que, assim como muitas outras, escolheram seguir os passos de seus pais e seus avós dentro da agricultura familiar, prospectam seus futuros na agricultura ou ainda, se identificam e almejam trilhar caminhos conectados a agricultura em outros espaços. A partir das considerações e resultados do estudo, pode-se observar que as CFRs se consolidaram como uma excelente alternativa para a educação escolar dos filhos e filhas de agricultores familiares, contribuindo para a permanência no meio rural e/ou a sucessão familiar. Isso, considerando os múltiplos aspectos que determinam essa decisão, pois não é um processo isolado, mas uma construção. A trajetória nas CFRs possibilita que, aliando conhecimentos teóricos e experiências práticas, a jovem amplie seus horizontes, conheça outras realidades, desfrute de novas experiências, desperte um maior interesse pelo campo e pela possibilidade de permanência e sucessão, assim como, direcione um novo olhar à propriedade rural, um olhar de pertencimento, de orgulho e também um olhar mais crítico, de mais interesse e envolvimento com as atividades e com a propriedade como um todo, visualizando-a como uma oportunidade viável, rentável e com boas perspectivas de futuro. Nosso propósito, com isso, foi o de reconhecer o papel e o protagonismo de mulheres rurais, fazendo com que essas jovens mulheres se sintam valorizadas, ouvidas e empoderadas e que as histórias e trajetórias de vida contidas em nossas análises, motivem e inspirem ainda mais jovens e mulheres a estudar, se desafiar, conquistar e assumir protagonismo nos espaços que estiverem envolvidas. |