Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Anderson Castro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8947
|
Resumo: |
Este trabalho traz resultados de uma dissertação do Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF), Polo 21, da Universidade Federal do Rio Grande - FURG a qual teve como objetivo central, investigar como o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista, a partir da vivência de uma Unidade de Aprendizagem sobre as tecnologias desenvolvidas por africanos/as e afro-brasileiros/as escravizados no período escravista criminoso no Brasil. A fim de atingirmos tal objetivo, analisamos uma Unidade de Aprendizagem no contexto do Ensino de Física vivenciada por estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola estadual de Porto Alegre (RS). Ao longo da vivência buscamos responder as duas questões: a) Como o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista e desenvolver metodologias que dialoguem com a legislação vigente, contribuindo para o exercício da cidadania e para a formação científico-tecnológica no seu contexto político-social?; (b) Como a utilização da Física relacionada aos equipamentos desenvolvidos pelos africanos(as) escravizados(as) no período escravista criminoso no Brasil, pode ser uma estratégia para abordar a história e cultura africana e afro-brasileira visando uma educação antirracista? A análise foi realizada de acordo com os fundamentos teóricos proposto por Paulo Freire para uma educação libertadora, a qual possa promover a autonomia dos indivíduos, articulados com as relações étnico-raciais no campo do currículo. Utilizamos a Análise Textual Discursiva (ATD), de Moraes e Galiazzi (2013) em que o corpus da análise constituiu-se pelas produções escritas e diálogos dos estudantes e do professor durante a vivência da Unidade de Aprendizagem. Como resultados da análise, identificamos duas categorias: "Currículo em movimento" e "Descolonizar o currículo de Física". A partir destas, evidenciamos que o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista ao se comprometer com as relações sociais éticas, como: ao promover o debate sobre cidadania, ao possibilitar aos(as) estudantes a vivência de metodologias que rompem com a estrutura padrão dos encontros/aulas, ao abordar a história e cultura africana e afro-brasileira no contexto do ensino e aprendizagem de Física participando da denúncia do silenciamento destas contribuições e ao não proceder unicamente em apresentar conceitos isolados, alheios aos(as) estudantes, mas sim, utilizando os conteúdos/conceitos como meios para a compreensão das relações étnico-raciais. |