A ética e a estética dos corpos nus: um estudo de caso do naturismo como proposta de educação ambiental.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Arrial, Luciana Roso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8642
Resumo: A presente dissertação de mestrado versa sobre a ética e a estética dos corpos do naturismo da Colina do Sol e as possibilidades pelas quais essa prática de nudez coletiva se constitui em proposta de Educação Ambiental à luz da Teoria da Complexidade, teoria proposta pelo filósofo francês Edgar Morin, que percebe o ser humano como um ser resultante de uma complexidade de conexões de sistemas interativos: biológicos, físicos, químicos, culturais, ecológicos, sociais, naturais, que abonam a relação do indivíduo com a sociedade e a natureza. A reflexão se desenvolve a partir de uma pesquisa de campo no Centro Naturista Colina do Sol, localizado no interior do município de Taquara/RS, contando com 45 hectares para a prática do naturismo, o qual abriga 12 famílias domiciliadas e possui um total de 102 cabanas para aluguéis e/ou moradias temporárias, albergue e uma área de camping. Conta com uma extensa área de lazer, como um lago com uma praia artificial e piscina de pedras. O objetivo desta pesquisa é refletir como são concebidas as relações entre a ética e a estética dos corpos nus e em que medida essas relações se definem em formas de educabilidades ambientais, além de compreender a forma como a Educação Ambiental está presente nas relações ético/estéticas nesse modo de vida, e também reconhecendo a visão de mundo dos sujeitos colineiros com relação a essa prática. A metodologia é entendida como uma construção permanente no decorrer da caminhada na busca por refletir o problema de pesquisa. Partindo do estudo de caso, foram realizadas seis entrevistas semi-estruturadas e observações participantes, junto aos sujeitos colineiros domiciliados e a apreciação dos dados ocorreu por meio da análise qualitativa textual. A educação ambiental é compreendida neste trabalho como educação participativa e reflexiva, inserida no projeto de edificação de um mundo possível. O diálogo constante e o respeito ao saber de todos os colineiros nos traz uma nova forma de refletir sobre o sentido da existência para que possamos (re)significar as práticas cotidianas, exercendo por meio da experiência ética/estética a oportunidade de romper tabus configurando-se em educação ambiental, cognição, sensibilidade e corpo.