Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Luiz Osmar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8292
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Resumo: |
Como consequência de suas experiências históricas, a educação brasileira apresenta-se como um espaço fecundo de (re)produção de valores culturais eurocêntricos. Essa situação, ao desconsiderar as experiências históricas, sociais, culturais, políticas e pedagógicas das diversas nações africanas trazidas para o Brasil, acaba por auxiliar a produção de racismos epistemológicos. Nesse sentido, é importante refletir e discutir pressupostos educativos que vão para além dos modelos eurocêntricos que hegemonicamente balizam a educação e os modos de produção de conhecimento no Brasil. A presente dissertação de mestrado, construída a partir de dados produzidos por meio de entrevistas em profundidade e observações participantes, trouxe como questão central interrogar os processos pedagógicos vividos no terreiro de umbanda, acreditando que eles apresentam campos híbridos de construção de identidades e perspectivas epistemológicas que consideram os saberes advindos das ancestralidades africanas. Para tanto, partiu da crítica ao processo histórico de constituição do modelo pedagógico hegemônico instituído no sistema de ensino brasileiro, que teve sua origem nos movimentos de invasão europeia, na ideia de raça e no uso da força de trabalho escravo de seres humanos originários do continente africano e ao fazer isso, apoiou-se em uma perspectiva não eurocêntrica de compreensão do homem/mulher, da história e da natureza. Com isso, buscou produzir linhas de rompimentos com as análises hegemônicas evolucionistas e com o historicismo linear que disputam o pensamento pedagógico gaúcho e mais amplamente o brasileiro. Assim, buscou-se um repertório pedagógico que caminhou na direção de um conceito de ser humano que produziu história (neste caso, a ancestralidade), a partir de suas memórias, de seus saberes, de suas práticas e processos educacionais específicos desenhados no terreiro de umbanda localizado na cidade de Cidreira, litoral norte do Rio Grande do Sul, especificamente a partir da leitura de um de seus inúmeros rituais, o lava-pés ou limpeza de final de ano. |