Zoneamento geoambiental da Colônia Z3 - 2º Distrito - Pelotas (RS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Delamare, Tatiane Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FURG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8662
Resumo: A Colônia Z3 faz parte do município de Pelotas (RS), localizado na região sul do estado do Rio Grande do Sul, às margens da Laguna dos Patos. Foi fundada em 29 de junho de 1921. Conforme o último Censo Demográfico (2010) possui uma população de 3.166 habitantes, que tem como principal atividade econômica a pesca artesanal e a agricultura extensiva (cultivo de soja e de arroz). No que corresponde às características geomorfológicas, a área de estudo está localizada na Região Geomorfológica da Planície Costeira Interna. A morfodinâmica deste ambiente está acoplada aos processos fluviais e lacustres. Essa Região Geomorfológica divide-se em duas Unidades: Planície Lagunar e Planície Alúvio-Coluvionar. O processo de urbanização ocorrido na Colônia Z3, assim como na maioria das zonas costeiras, transcorreu sem planejamento ou preocupação com os aspectos físicos. O processo de ocupação associado às práticas agrícolas acabaram por exercer grande pressão ao meio físico, interferindo no equilíbrio e dinâmica ambiental costeira lagunar, que se apresenta frágil e complexa. Diante destas questões, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar o zoneamento geoambiental da Colônia Z3, por meio de uma análise integrada envolvendo as relações estabelecidas entre os elementos físicos e os socioeconômicos e os aspectos conflitivos derivados dessa relação. A fundamentação teórico-metodológica de elaboração do presente zoneamento geoambiental foi baseada nas orientações de elaboração de Zoneamento Ambiental definidas pelo SILVA (1997), em consonância com estudos elaborados por Rodriguez (2010) e Zacharias (2010). Para alcançar o objetivo proposto foi realizado a integração das informações espaciais resultantes da elaboração de um mapa geomorfológico, do ano de 2004, e, um mapa de cobertura e uso da terra, do ano de 2014. A interpretação e análise permitiu um diagnóstico acerca de como se configura o ambiente da área de estudo. O zoneamento proposto na presente pesquisa, tem por objetivo identificar as áreas que devem ser preservadas, as áreas propícias aos cultivos diversos, e as áreas próprias para habitações urbanas. A compartimentação das zonas, partiu inicialmente da definição de unidades da paisagem. Estas foram identificadas por meio da análise do mapeamento de cobertura e uso da terra, que forneceu dados referentes a atual configuração espacial da Colônia. Sendo assim, esse método possibilitou a identificação de duas unidades: Unidade da Paisagem Antrópica, Unidade da Paisagem Natural. As categorias adotadas para as zonas basearam-se na adaptação das propostas de Rodriguez (2010) e de Braz (2015), sendo essas: Preservação, Conservação, Reabilitação, Melhoramento e Aproveitamento. A zona de preservação (16,18%) referem-se a áreas com restrições ambientais e/ou protegidas por lei. A zona de conservação (5,85%) são áreas que mantém a cobertura natural, porém, existe a incidência de atividades antrópicas. A zona de reabilitação (7,86%) é entendida como uma área que ainda possui funções ambientais importantes para o ambiente, e que ainda apresentam características físico-naturais similares aos que predominam na área. Ao mesmo tempo, representam também, uma área onde o reestabelecimento das funções naturais é de suma importância para o funcionamento ambiental, mesmo que o uso antrópico seja predominante. A zona de melhoramento (12,15%) configuram áreas onde o uso da terra está consolidado, mas que se situam em áreas de transição entre compartimentos geomorfológicos ou assentadas sob feições suscetíveis, tanto para o meio quanto para a população. A proposta dessa zona é determinar medidas que possam diminuir o impacto ambiental nessas áreas. A zona de aproveitamento (41,40%) visa contribuir para a melhor utilização dos recursos naturais em decorrência da principal atividade econômica desenvolvida, a agricultura. Nessa zona estão inseridos os usos da terra majoritariamente referentes a cultura temporária, em porção menor, também contempla as áreas de silvicultura que encontram-se entre as plantações. A análise, identificação, compreensão e discussão de cada problemática da paisagem, decorrente da constante interação entre os elementos físicos e socioeconômicos, contribuiu para configuração final do zoneamento geoambiental.