Tolerância de bivalve nativo e invasor perante a contaminação ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: El Haj, Yasmin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MXR
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8747
Resumo: A introdução de espécies exóticas constitui uma das principais ameaças à biodiversidade. Tais espécies, quando não encontram predadores naturais se proliferam sem controle e ameaçam espécies nativas através da competição por espaço e alimento, podendo levar estas à extinção. A literatura indica que espécies exóticas possuem uma maior tolerância a estressores ambientais quando comparadas a espécies nativas, aumentando assim, a possibilidade dessas espécies se estabelecerem em novos habitats. Nas últimas décadas, as atividades antropogênicas aumentaram em decorrência da urbanização e da industrialização e isso tem gerado um aumento na quantidade de contaminantes no meio ambiente. Propõe-se, com este trabalho, verificar a resistência de moluscos bivalves de água doce de espécie nativa (Anodontites trapesialis) e exótica (Limnoperna fortunei) à contaminação química. Para isso, utilizamos o método ex vivo/in vitro, onde brânquia e músculo foram expostos a dois tipos diferentes de estressores ambientais, cobre (metal) e Roundup Transorb® (herbicida). Os tecidos foram submetidos ao teste de citotoxicidade vermelho neutro, no qual avalia a Integridade lisossomal e ao teste MXR (Resistência a Multixenobióticos) no qual avalia a defesa celular. Na espécie exótica, apenas cobre 9000 µg/L e Roundup Transorb® 5000 µg/L foram citotóxicas. Na espécie nativa, foi observada citotoxicidade do cobre de 900 e 9000 µg/L e do Roundup Transorb® de 50 e 5000 µg/L. Os resultados foram iguais em ambos os tecidos. As proteínas ABC, responsáveis pela extrusão dos contaminantes (defesa celular), mostraram-se inibidas quando expostas aos contaminantes em ambas as espécies, logo, a citotoxicidade pode estar relacionada com a falta de capacidade da defesa celular. Os resultados indicam que brânquia e músculo portaram-se da mesma maneira, não havendo diferença de sensibilidade entre os tecidos. Em relação a integridade lisossomal, a espécie nativa foi mais sensível em apontar maior número de situações com citotoxicidade, onde houve maior número de condições em que a defesa celular foi inibida.