Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Camila Wally da Silva e Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8118
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Resumo: |
A doença cardiovascular é a causa líder de morte no mundo e no Brasil. Nas últimas décadas, alcançou 32% das causas de mortalidade geral. A isquemia e a reperfusão no miocárdio levam a mudanças metabólicas e da função cardíaca, incluindo depressão na atividade contrátil e mesmo necrose tecidual. É sabido que os habitantes do interior dos estados brasileiros dependem de produtos naturais para os primeiros cuidados de saúde. A ervamate Ilex paraguariensis é comumente utilizada nos estados sul, sudeste e centro-oeste do Brasil para preparação de bebidas alimentícias e estimulantes, como o chimarrão. Vem sendo mundialmente consumida e utilizada para obtenção de produtos fitoterápicos. Considerando que os problemas da isquemia e reperfusão (I/R), estão relacionados a eventos oxidativos e a existência de produtos naturais com potencial para a redução dos danos miocárdicos, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de uma fração ácida rica em flavonóides do extrato I. paraguariensis (Ip), no modelo de isquemia e reperfusão induzidas in vivo em Rattus norvegicus. Ratos foram divididos em 4 grupos: Controle (animais submetidos a toracotomia sem oclusão da coronária anterior descendente esquerda); I/R (submetidos a 15 min de isquemia e 15 min de reperfusão); I/R+Ip (além de I/R o grupo recebia injeção i.v. de fração ácida rica de flavonóides do extrato de I. paraguariensis); e I/R+Ip+L-NAME (além do protocolo de I/R+Ip o grupo recebeu o inibidor da óxido nítrico sintase L-NAME). Ao final da I/R foi injetado (i.v.) 0,5mL de Azul dde Evans 10% para a identificação da área de risco. Os corações foram congelados e fatiados para que esta área fosse medida. Após, as fatias foram incubadas em TTC 1% para demarcação do tecido viável e não-viável. Para aumentar o contraste entre as diferenças no tecido as amostras foram incubadas em formalina 10%. As imagens foram analisadas no software Image Tool. Para determinação da geração de espécies reativas de oxigênio amostras do tecido cardíaco foram homogeneizadas, centrifugadas e a concentração de proteínas foi verificada pelo método de Biureto. Após as amostras foram distribuídas em microplacas e foi acrescido H2DCF-DA que na presença de ERRO gera um composto fluorescente. As placas foram lidas em fluorímetro (488nm de excitação e 525nm de emissão). A capacidade antioxidante contra radicais peroxil foi avaliada. A metodologia é conduzida como o teste para a geração de ERO. No entanto, neste caso a fluorescência produzida pelo DCF é aumentada por ABAP. As leituras foram realizadas em fluorímetro (485nm de excitação e 520nm de emissão). Para a determinação da peroxidação lipídica amostras do miocárdio foram homogeneizadas e submetidas a um método de reação de MDA com TBA em condições á altas temperaturas e meio ácido. Esta reação gera uma fluorescência que foi lida em fluorímetro (515nm excitação e 553nm de emissão). Animais tratados com a fração ácida de flavonóides de Ip demonstraram redução nas áreas de risco e infarto quando comparados ao ratos I/R. A avaliação do estado oxidativo demonstrou que os animais submetidos a I/R e tratados com o extrato não apresentaram os clássicos efeitos antioxidantes dos flavonóides de redução da condição de estresse oxidativo do tecido. Ainda assim o efeito cardioprotetor observado na redução da área de lesão, nos leva a sugerir que outros mecanismos que não aqueles antioxidativos, estejam sejam desencadeados pelos flavonóides da Ip, como a produção de NO e seu posterior benefício via vasodilatação, melhora da perfusão miocárdica e da função cardíaca durante a I/R.A doença cardiovascular é a causa líder de morte no mundo e no Brasil. Nas últimas décadas, alcançou 32% das causas de mortalidade geral. A isquemia e a reperfusão no miocárdio levam a mudanças metabólicas e da função cardíaca, incluindo depressão na atividade contrátil e mesmo necrose tecidual. É sabido que os habitantes do interior dos estados brasileiros dependem de produtos naturais para os primeiros cuidados de saúde. A ervamate Ilex paraguariensis é comumente utilizada nos estados sul, sudeste e centro-oeste do Brasil para preparação de bebidas alimentícias e estimulantes, como o chimarrão. Vem sendo mundialmente consumida e utilizada para obtenção de produtos fitoterápicos. Considerando que os problemas da isquemia e reperfusão (I/R), estão relacionados a eventos oxidativos e a existência de produtos naturais com potencial para a redução dos danos miocárdicos, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de uma fração ácida rica em flavonóides do extrato I. paraguariensis (Ip), no modelo de isquemia e reperfusão induzidas in vivo em Rattus norvegicus. Ratos foram divididos em 4 grupos: Controle (animais submetidos a toracotomia sem oclusão da coronária anterior descendente esquerda); I/R (submetidos a 15 min de isquemia e 15 min de reperfusão); I/R+Ip (além de I/R o grupo recebia injeção i.v. de fração ácida rica de flavonóides do extrato de I. paraguariensis); e I/R+Ip+L-NAME (além do protocolo de I/R+Ip o grupo recebeu o inibidor da óxido nítrico sintase L-NAME). Ao final da I/R foi injetado (i.v.) 0,5mL de Azul dde Evans 10% para a identificação da área de risco. Os corações foram congelados e fatiados para que esta área fosse medida. Após, as fatias foram incubadas em TTC 1% para demarcação do tecido viável e não-viável. Para aumentar o contraste entre as diferenças no tecido as amostras foram incubadas em formalina 10%. As imagens foram analisadas no software Image Tool. Para determinação da geração de espécies reativas de oxigênio amostras do tecido cardíaco foram homogeneizadas, centrifugadas e a concentração de proteínas foi verificada pelo método de Biureto. Após as amostras foram distribuídas em microplacas e foi acrescido H2DCF-DA que na presença de ERRO gera um composto fluorescente. As placas foram lidas em fluorímetro (488nm de excitação e 525nm de emissão). A capacidade antioxidante contra radicais peroxil foi avaliada. A metodologia é conduzida como o teste para a geração de ERO. No entanto, neste caso a fluorescência produzida pelo DCF é aumentada por ABAP. As leituras foram realizadas em fluorímetro (485nm de excitação e 520nm de emissão). Para a determinação da peroxidação lipídica amostras do miocárdio foram homogeneizadas e submetidas a um método de reação de MDA com TBA em condições á altas temperaturas e meio ácido. Esta reação gera uma fluorescência que foi lida em fluorímetro (515nm excitação e 553nm de emissão). Animais tratados com a fração ácida de flavonóides de Ip demonstraram redução nas áreas de risco e infarto quando comparados ao ratos I/R. A avaliação do estado oxidativo demonstrou que os animais submetidos a I/R e tratados com o extrato não apresentaram os clássicos efeitos antioxidantes dos flavonóides de redução da condição de estresse oxidativo do tecido. Ainda assim o efeito cardioprotetor observado na redução da área de lesão, nos leva a sugerir que outros mecanismos que não aqueles antioxidativos, estejam sejam desencadeados pelos flavonóides da Ip, como a produção de NO e seu posterior benefício via vasodilatação, melhora da perfusão miocárdica e da função cardíaca durante a I/R. |