Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lima, Tábata Martins de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8180
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Resumo: |
Ambientes aquáticos costeiros tendem a sofrer uma grande variação na disponibilidade de oxigênio, submetendo os animais que ali habitam a frequentes períodos de hipóxia e reoxigenação. Ambientes estuarinos são um exemplo desses ambientes que sofrem constante variações na concentração de oxigênio dissolvido. A diminuição ou falta de oxigênio disponível pode acarretar em diversos problemas para os animais, principalmente no período de retorno do oxigênio após um período de hipóxia. Entre esses problemas esta formação de espécies reativas de oxigênio (ROS), que podem causar danos ao interagirem com outras estruturas celulares como, por exemplo, a lipoperoxidação. O caranguejo semi-terrestre Neohelice granulata habita marismas de regiões estuarinas e dessa forma está constantemente exposto a alterações da disponibilidade de oxigênio nesse ambiente. Além disso, esta espécie possui a capacidade de permanecer exposto ao ar. Portanto, esta dissertação visou avaliar se o caranguejo N. granulata utiliza o ambiente aéreo quando exposto a hipóxia aquática severa e se essa estratégia de exposição ao ar é um mecanismo que aumenta a tolerância e resistência a hipoxia e se diminui os danos causados pelo ciclo de hipóxia e reoxigenação. Para isso os animais foram submetidos a uma arena com três ambientes delimitados (água, intermediário, terra) e foi avaliado mortalidade, tempo de utilização de cada ambiente e ocorrência de danos de lipoperoxidação. Quando expostos a água hipóxica (0,5 mg O2.L-1) com possibilidade de utilização do ambiente aéreo N. granulata passa um período de tempo maior no ambiente terrestre do que no aquático, o contrário do encontrado em condições de água normóxica (6,0 mg O2.L-1) também com livre acesso ao ar. Essa maior utilização do ambiente aéreo permite a sobrevivência total a hipóxia severa em 96h. Apesar de passarem um maior tempo no ambiente terrestre quando expostos a hipóxia, este tempo é intercalado com breves incursões a água, provavelmente devido a necessidade de excreção de CO2 e amônia. Porém, apesar de aumentar a taxa de sobrevivência, a utilização do ambiente aéreo quando expostos a hipóxia não diminui os danos de lipoperoxidação causados pelos ciclos de hipóxia e reoxigenação sofrido por esses indivíduos. |