Presos que menstruam: o testimonio do silêncio e da solidão nos presídios femininos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Liane Duarte da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9081
Resumo: A presente dissertação tem como tema central a obra Presos que menstruam, escrita pela jornalista Nana Queiroz, após quatro anos visitando os presídios femininos brasileiros, conhecendo mulheres em situação de privação de liberdade e seus familiares, ouvindo suas histórias e principalmente suas denúncias. Objetiva-se demonstrar que o livro se insere na História da Literatura como uma escrita de cárcere, que apesar de não ser uma categoria vasta na literatura nacional, tem suas representações em diferentes momentos do país, desde Memórias do Cárcere referente à Ditadura de Getúlio Vargas, passando pelas obras que relatam o cárcere durante a Ditadura Militar e chegando ao boom da literatura prisional dos anos 2000. Presos que menstruam é discutida como uma representante das prisões femininas na literatura de cárcere, apresentando em conjunto a teoria do testimonio, que surgiu na América Latina no início dos anos 60, com obras que denunciam situações de exploração, violações de direitos humanos, conflitos e aprisionamentos. Buscamos analisar o livro que compõe o corpus dessa dissertação a partir do testimonio, sendo a autora, Nana Queiroz, a gestora do texto e as mulheres presas como sujeitos testemunhais, apontando entre algumas questões a solidão e o silenciamento que essas mulheres sofrem diariamente, situações muito presentes nas denúncias contidas na obra.