Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Saalfeld, Graciela Quintana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8253
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Resumo: |
A crescente utilização de agrotóxicos na agricultura nacional, aliada ao seu uso incorreto, causa a contaminação de corpos dágua, gerando assim impactos em diversas espécies não alvos. O herbicida atrazina é muito utilizado no Brasil para o controle de ervas daninhas em culturas de milho e cana de açúcar. Apesar da natureza seletiva deste herbicida, diversos estudos reportam efeitos danosos do atrazina na capacidade reprodutiva de diversas espécies de animais. A espécie Poecilia vivipara é um peixe encontrado em todo Brasil e que apresenta grande resistência a ambientes poluídos. Este trabalho avaliou os efeitos do atrazina em aspectos reprodutivos de machos e fêmeas de Poecilia vivipara expostos ao herbicida em diferentes estágios de vida. Para a realização do experimento foram utilizados filhotes da espécie Poecilia vivipara em diferentes estágios de vida (nascimento, 2 e 3 meses), expostos via água a diferentes concentrações de atrazina (2, 10 e 100 µg/L) e aos controles (com e sem metanol) por um mês. Análises histológicas nas gônadas de fêmeas foram realizadas, com o objetivo de verificar os estágios de desenvolvimento folicular e o diâmetro folicular. Nos machos, foram analisados histologicamente os diferentes estágios de espermatogênese. Também foi verificada a capacidade espermática através da análise da integridade de DNA, funcionalidade mitocondrial, integridade de membrana, viabilidade e número total de espermatozóides. Os resultados mostraram que a exposição à maior concentração de atrazina (100 µg/L), aumentou a porcentagem de fêmeas em relação ao de machos. O crescimento dos folículos ovarianos foi inibido nas fêmeas expostas ao controle metanol, quando comparado com o controle água. A exposição ao atrazina, em todos os estágios de vida, estimulou o crescimento folicular quando comparada ao controle metanol. No entanto a maturação das fêmeas não foi afetada em nenhum dos tratamentos e estágios analisados. Nos machos, os estágios da espermatogênese não foram alterados, porém a capacidade espermática em machos expostos aos 3 meses de vida ao atrazina foi reduzida. Houve uma diminuição no número de células espermáticas com DNA íntegro na concentração de 10 µg/L; no número de células espermáticas com mitocôndrias funcionais na concentração de 100 µg/L e na integridade de membrana dos espermatozóides nas concentrações de 10 e 100 µg/L. Portanto, esses dados demonstram que a exposição ao atrazina prejudicou a reprodução da espécie Poecilia vivipara, causando uma desproporção sexual e reduzindo a capacidade espermática dos machos. |