Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Maiato, Alexandra Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9246
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Resumo: |
A pesquisa problematiza a baixa participação feminina nas ciências, tecnologias, engenharias e matemática (CTEM) desencadeada pelos estereótipos de gênero. Sendo a escola lócus de interação social e veículo cultural que com suas práticas pode impactar essa problemática, o estudo investigou o entendimento das formandas dos cursos de formação docente Pedagogia - Licenciatura, no Brasil e do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, em Portugal, acerca da AL como estratégia de ensino para promover o desenvolvimento do autoconceito e das crenças de autoeficácia nos/as estudantes, o que direciona a tomada de decisão profissional das meninas na área das ciências, tecnologias, engenharias e matemática, diante dos estereótipos de gênero. Apesar da movimentação global em prol da igualdade de gênero, os países tem variações culturais que são refletidas nos resultados educacionais: Brasil e Portugal, obtiveram, respectivamente, a posição 63º e 17º, em ciências no último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Além disso, 51% dos engenheiros e cientistas em Portugal são mulheres, configurando a quarta maior taxa entre os Estados-membros e ficando dez pontos acima da média da União Europeia (UE 41%). Nesse contexto, esta tese foi produzida no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, na linha de pesquisa "Educação Científica: Processos de Ensino e Aprendizagem na Escola, na Universidade e no Laboratório de Pesquisa". Tratou-se de pesquisa qualitativa envolvendo 8 estudantes formandas dos cursos de Pedagogia - licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande, no Brasil, e 8 do curso de Mestrado Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico (Mestrado PREPRI) da Universidade do Minho, em Portugal. A recolha de dados envolveu inquérito por entrevista semiestruturada e os registros foram sujeitos a análise de conteúdo. Os dados revelam que atividades laboratoriais são abordadas na formação docente em ambos os países em disciplinas na área da didática em ciências, sendo explanados seus objetivos cognitivos e pouco explorado o potencial para o desenvolvimento socioemocional dos estudantes, em especial no Brasil. Mostram que as acadêmicas de ambos os países, em maioria, não percebem diferenças no comportamento e no desempenho de meninos e meninas nas ALs, principalmente as colaboradoras portuguesas. Segundo a minoria das colaboradoras brasileiras, as crianças agem nas ALs conforme os estereótipos de gênero socialmente disseminados. Apesar da ausência de conhecimento científico, as percepções das formandas portuguesas e brasileiras apontam o impacto das ALs na construção do autoconceito e das crenças de autoeficácia dos estudantes direcionando suas futuras tomadas de decisão quando diante da escolha profissional. Também reconhecem as ALs como possíveis fontes de memórias autobiográficas positivas das meninas, o que pode motivá-las a escolher profissões na área. As colaboradoras brasileiras, especificamente, identificam a possibilidade de propiciar às meninas ultrapassar estereótipos de gênero. Os achados corroboram a tese de que a cultura influencia as percepções docentes, o que pode afetar sua prática através de AL e assim impactar o autoconceito e as crenças de autoeficácia dos estudantes, atingindo suas futuras escolhas profissionais. Como consequência, a mediação docente nas ALs pode contribuir para o reforço ou desconstrução de estereótipos de gênero e influenciar a tomada de decisão das meninas diante da escolha profissional na área CTEM. Quando comparados aos licenciandas brasileiras, considerando que a evolução de costumes é peculiar a cada nação, os licenciandas portuguesas apresentam percepções mais favoráveis ao potencial das atividades laboratoriais para a construção do autoconceito e das crenças de autoeficácia dos/as estudantes. |