Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Britto, Vanessa Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/6033
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Resumo: |
O presente trabalho investigou a dieta de Platalea ajaja (colhereiro) e Ardea alba (garça-brancagrande), em 2011/2012, em um ambiente límnico (banhado do Aguirre) e outro estuarino na Lagoa dos Patos (ilha dos Marinheiros), Rio Grande, RS, no sul do Brasil. Foram analisados regurgitados espontâneos, conteúdos gastrointestinais, pellets, lavagem estomacal e isótopos estáveis. Os itens alimentares mais importantes na caracterização direta da dieta de P. ajaja no estuário foram os insetos (PSIRI% = 47,2), seguido de crustáceos (PSIRI% = 30,4) e peixes (PSIRI% = 12,6). No ambiente límnico P. ajaja teve uma dieta com predomínio de insetos (PSIRI% = 59,9), seguido de peixes (PSIRI% = 19,8). No estuário a dieta de A. alba foi predominantemente piscívora (PSIRI% = 53,3), seguido em importância pelos crustáceos (PSIRI% = 30,8). Entretanto, no ambiente límnico A. alba teve os insetos como item alimentar principal (PSIRI% = 58,9), seguido de peixes (PSIRI% = 27,9). Sangue de filhotes com mais de três semanas de vida e presas/alimentos potenciais tiveram os isótopos estáveis de carbono (δ 13C) e nitrogênio (δ 15N) analisados. No ambiente límnico A. alba apresentou valores médios de δ 15N semelhantes a P. ajaja límnico, diferenciando-se de A. alba e P. ajaja estuarinos. Os valores médios de δ 13C nas duas espécies e locais foram semelhantes, porém menor em sangue de A. alba estuarina. O modelo linear generalizado (GLM) explicou 44% na variação dos dados de δ 15N, diferindo entre os locais e influenciado pelo tamanho do filhote. O GLM com os valores de δ 13C explicou 22% da variação nos valores, indicando que A. alba alimenta os filhotes com outros itens alimentares dependendo do local, enquanto os filhotes de P. ajaja possuem uma alimentação límnica nos dois ambientes. Os modelos bayesianos de misturas de isótopos (SIAR) indicaram presas límnicas para P. ajaja nos dois ambientes, corroborando os resultados do GLM e dos métodos de estudo de dieta tradicionais. Portanto, A. alba utiliza as áreas próximas ao local de reprodução para se alimentar, não apresentando preferência por área de forrageamento estuarino ou límnico. Em ambiente límnico as duas espécies podem utilizar recursos alimentares semelhantes, enquanto no ambiente estuarino a sobreposição na dieta diminui, por alimentaremse em diferentes locais e distintos itens alimentares. Através de diversas metodologias verificouse que P. ajaja alimenta-se de presas límnicas, apesar de reproduzir-se em ambos os ambientes, enquanto A. alba alimenta-se de presas límnicas e estuarinas dependendo do local onde ocorre sua reprodução. |