Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Milanez, Nayra Lais Lustosa Neves |
Orientador(a): |
Alcoforado, Flávio Carneiro Guedes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35514
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Resumo: |
Objetivo: Identificar se os líderes do Serviço Público Federal podem influenciar na saúde mental dos liderados, causando-lhes o adoecimento. Metodologia: Realizou-se pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, com nove servidores públicos federais, de forma voluntária e chamados por meio das redes sociais. Após avisados e com Termo de Consentimento assinado, as entrevistas foram gravadas, transcritas, sendo os resultados apurados por meio da Análise de Conteúdo. Resultados: Os resultados demonstraram que os líderes, por meio de seus comportamentos e estilo de liderança, podem ser preditores do adoecimento. Em nenhum dos líderes tratados nas entrevistas foi possível identificar que havia o perfil da Dark Tríad, constelação que inclui as personalidades do maquiavelismo, psicopatia e narcisismo, e mesmo assim, foram capazes de estabelecer uma relação disfuncional e tóxica. Identificou-se também que as pessoas, ainda que acreditassem ser resilientes, não foram privadas do adoecimento. Limitações: Há uma limitação temporal, haja vista a pesquisa ter sido realizada com casos que aconteceram no pós-pandemia, quando os efeitos da doença podem ter sido facilitadores de adoecimentos mentais no trabalho e isso gerar dúvidas quanto a causa. Ademais, quando relacionados com o referencial teórico, os achados trouxeram informações importantes e atemporais. Aplicabilidade do trabalho: As doenças mentais estão acometendo os indivíduos de forma avassaladora. Não há como separar o mundo privado do mundo do trabalho. Além disso, muitas são as origens do adoecimento. Compreendendo-se a influência do líder na saúde mental torna-se possível agir preventivamente na formação das lideranças, como foco no autoconhecimento e na atenção e respeito aos liderados. Contribuições para a Sociedade: o trabalho é um fenômeno social e por esta razão não impõe uma barreira com a vida privada do indivíduo. Uma pessoa doente no trabalho é uma pessoa doente na sociedade. As implicações vão para além dos dispêndios financeiros em razão da baixa produtividade e afastamentos. A sociedade suporta o direcionamento dos recursos públicos para os tratamentos das doenças, quando poderiam estar sendo direcionados a outras políticas públicas. Assim, compreender o fenômeno é sinalizar para a sociedade de que se busca agir preventivamente, mitigando causas de adoecimento e preservando o dinheiro público. Originalidade: as discussões sobre saúde mental adentram todos os contextos nos quais os indivíduos estão inseridos. No ambiente organizacional, é comum ver a relação das personalidades da Dark Tríad em alguns líderes e os danos causados na saúde dos liderados. Apesar de múltiplas causas do adoecimento, este estudo se propõe a investigar se há influência da liderança, além da Dark Tríad, que impacta negativamente na saúde mental dos trabalhadores. |