Migração, extrativismo mineiro e comércio transnacional na província de Nampula (2007-2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Taibo, Sérgio de Melo Doce
Orientador(a): Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de, Raimundo, Inês Macamo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36560
Resumo: Nas últimas décadas, verifica-se a presença de povos de diversas nacionalidades em Moçambique e, particularmente, na província de Nampula, Distrito de Mogovolas, Posto Administrativo de Iuluti, Localidade de Marraca, motivada por fatores de ordem natural, como as condições atmosféricas (chuvas intensas, furacões, vulcões), sociais, econômicos, políticos e ambientais. Tendo em conta este movimento global, o estudo procurou analisar o processo migratório levado a cabo pelos malianos oriundos da África Ocidental e pelos movimentos internos das comunidades locais, motivados por diversas razões, entre elas econômicas (extração de ouro) e climáticas. Por outro lado, a tese visou compreender como as migrações transnacionais, regionais e internas criam redes de sociabilidade e interação no que diz respeito à extração artesanal de recursos minerais, e como essas redes se inserem no mercado nacional e internacional por meio do transnacionalismo. Neste sentido, nota-se que a migração motivada pelos interesses econômicos, por meio da mineração artesanal, tem alterado o comportamento das comunidades locais, modificando e influenciando os modus vivendi através da sua inserção no mercado capitalista (caracterizado pela propriedade privada, trabalho assalariado, acumulação de riquezas e liberdade econômica), o que tem levado à relegação da agricultura de subsistência para um segundo plano, e motivado a dependência de bens importados, em um contexto em que a economia internacional está cada vez mais crescente, aberta, integrada e sem fronteiras.